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Lollapalooza

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Smashing Pumpkins traz Billy Corgan simpático e emociona fãs

Vocalista abandonou pose enigmática e mostrou um pouco de seu carisma ao público que cantava os maiores sucessos da banda

30 mar 2015 - 01h49
(atualizado em 15/3/2019 às 16h56)
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Colocar o show do Smashing Pumpkins como prioridade em um festival é digno de discussões. Há quem não perca a oportunidade de ver Billy Corgan ao vivo, mas muitos são os que usam o famoso "Mas o último show deles não foi muito bom" como argumento para desencorajar a escolha. O conflito, no entanto, é facilmente resolvido quando uma constatação entra na equação: além de ser uma das maiores bandas das últimas décadas, o Smashing Pumpkins ainda capricha em seu set ao vivo, apesar de seu potencial como headliner ser questionável.

Billy Corgan foi o grande maestro para o encerramento das atrações de rock do Lollapalooza. O líder do Smashing Pumpkins lembrou sucessos como 1979, Tonight, Tonight e Ava Adore
Billy Corgan foi o grande maestro para o encerramento das atrações de rock do Lollapalooza. O líder do Smashing Pumpkins lembrou sucessos como 1979, Tonight, Tonight e Ava Adore
Foto: Osmar Portilho / Terra

A apresentação não é uma surpresa, principalmente em festivais, mas é impossível não admirar a qualidade do grupo, principalmente dos vocais de Corgan, que apesar de já não ter mais a mesma vivacidade que apresentava no auge da banda, segura sucessos como Cherub Rock com maestria.

A faixa, tirada do disco Siamese Dream (1993), foi escolhida para abrir o set do último show do Palco Axe do Autódromo de Interlagos, neste domingo (29), durante o Lollapalooza. Sob gritos dos fãs, que fugiram do Palco Skol, onde Pharrell Williams começava uma sequência infinita de hits - aliás, nem tão infinita assim.

Apesar de tentar manter a expressão austera habitual, Corgan por vezes abandonou a cara amarrada e abriu um sorriso satisfeito com o coro que recebia de volta a cada introdução que fazia na guitarra. Com a triunfal Tonight, Tonight, os fãs fizeram o que grande parte do público do Lolla esqueceu de fazer durante o festival: guardaram os celulares no bolso para aproveitar a música ao vivo, de braços abertos e sem preocupação com os registros no Instagram.

Na sequência, Ava Adore, do álbum Adore (1998), trouxe consigo a garoa que até então dava uma trégua de uma hora, sem que isso prejudicasse o êxtase de quem cantava cada verso. Being Beige e Drum + Fife, do álbum Monuments To An Elegy (2014) vieram na sequência, enquanto o show dava a ilusão de estar cada vez mais lotado, devido à quantidade enorme de "desistentes" do show de Pharrell, preocupados com a dificuldade de deixar o Autódromo. E foi assim que uma multidão fechou sua passagem no Lollapalooza ao som de Stand Inside Your Love.

Billy Corgan foi o grande maestro para o encerramento das atrações de rock do Lollapalooza. O líder do Smashing Pumpkins lembrou sucessos como 1979, Tonight, Tonight e Ava Adore
Billy Corgan foi o grande maestro para o encerramento das atrações de rock do Lollapalooza. O líder do Smashing Pumpkins lembrou sucessos como 1979, Tonight, Tonight e Ava Adore
Foto: Osmar Portilho / Terra

Ao som da bateria marcante de Brad Wilk, ex-Rage Against The Machine e Audioslave, a clássica 1979, do brilhante Mellon Collie and the Infinite Sadness (1995), trouxe uma novo coro emocionado da plateia. Foi aí que Corgan largou de vez o ar enigmático e, em solidariedade aos fãs, posou com a guitarra, esticando o braço para sentir as gotas geladas que caíam à beira do palco.

Pale HorseMonuments abriram a parte final do set, seguidas de Drown, do álbum Gish (1991), que deu a deixa para um dos melhores show, com Disarm. Com os vocais sofridos de Corgan, o hit do disco Siamese Dream arrancou do público os três minutos mais emocionantes da noite. A sequência de One and AllUnited StatesBullet With Butterfly WingsHeavy Metal Machine mostrou mais uma vez o cuidado que Billy - que recentemente declarou sua preferência por seu nome de batismo, William - ao escolher um set com faixas de todas as fases do Smashing Pumpkins.

Com versão desplugada, Today e Zero fecharam a noite, que ainda contou com uma "piadinha" de Corgan. "Eu estou fazendo 28 anos", brincou, referindo-se ao seu aniversário (de 48 anos), do último 17 de março. E enquanto o Happy embalava o público do Palco Skol, o vocalista, acompanhado do baixista Mark Stoermer, do Killers, e do guitarrista Jeff Schroeder, se despediram de quem optou pelo headliner roqueiro do segundo dia de festival.

Fonte: Terra
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