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Em show em SP, Black Label Society mostra por que metal ainda é idolatrado

14 ago 2011 - 09h39
(atualizado às 11h09)
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Rafael Machtura
Direto de São Paulo

Com os gritos de Zakk!, Zakk!, Zakk!, São Paulo recebeu neste sábado (13) de lua cheia os barbudos metaleiros do Black Label Society, no HSBC Hall. Ainda com as cortinas fechadas, o público de pouco mais de 5 mil pessoas - grande maioria desfilando sua camiseta de metal preferida - enlouqueceu com a introdução de New Religion no piano.

Quando o riff da canção do álbum Shot To Hell (1996) explodiu da parede, Zakk Wylde, um dos guitarristas de metal mais idolatrados da nova geração de adolescentes roqueiros, apareceu com um grande cocar de penas pretas de chefe indígena e entregou o que seu público desejava: uma hora e meia de pandemônio, com solos impecáveis de guitarra e muito peso.

Toda essa idolatria a Zakk, 44 anos, não é a toa. Aos 19, o guitarrista, pianista e vocalista entrou para a banda de Ozzy Osbourne, numa parceria que gerou oito discos, entre eles o aclamado álbum de 1988, No Rest for the Wicked. Mas como se só isso não bastasse, Wylde fundou sozinho, dez anos depois, o Black Label Society, cujos discos foram gravados e produzidos por ele, com exceção do som da bateria. Seguiu ainda carreira solo, com o trabalho gospel Book of Shadows, de 1996.

Acompanhado por Nick Catanese na guitarra, John DeServio no baixo e Mike Froedge na bateria, Zakk emendou no show da capital paulista Crazy Horse, single do mais recente trabalho, Order Of Black (2010), e Bleed For Me.

Já sem o cocar na cabeça, mas com o tradicional colete de jeans de motoqueiro e as famosas guitarras Gibson (por vezes Les Paul e ZV) com o corpo de mira, Zakk e banda seguiram com Demise Of Sanity, Superterrorize e Overlord, quando, ovacionado por toda a casa, apresentou os integrantes da banda com frases repletas de palavrões.

O show seguiu sem mais palavras, mas o peso e a insanidade dos metaleiros embalou a plateia a um "bate-cabeça" que chegou a gerar até tumulto. Cabelos voando, empurra-empurra e mãos levantadas com o símbolo do rock não faltaram.

O grupo continuou o espetáculo com Parade of The Dead e Born To Lose. No solo de Darkest Days, Wylde sentou-se ao piano e deleitou-se com uma cerveja em lata.

Fire It Up foi a próxima e logo depois veio a tradicional (e esperada) aula de guitarra de Zakk Wylde com um solo de mais de 10 minutos. Enquanto uma grande parcela se concentrava no telão de olho nos rápidos dedos do barbudo guitarrista, outros resolveram aproveitar a "pausa" para ir ao banheiro e comprar bebidas.

A banda toda voltou em Godspeed Hell Bound e seguiu com o show sem frescuras. Em sequência, o Black Label Society disparou, uma atrás da outra, The Blessed Hellride, Suicide Messiah, Concrete Jungle e, sem bis, deu adeus com Stillborn.

Já com as luzes acesas, os mais 5 mil metaleiros que lotaram o HSBC Hall em São Paulo foram deixando o espaço e saíram às ruas comprando mais cervejas e lembrando alguns reis do gênero, como Ozzy Osbourne, James Dio, Tony Iommi e Jack Lee. Zakk Wylde, com certeza, está do lado deles com seu Black Label Society, que ainda passa por Porto Alegre neste domingo (14) e Goiânia, na terça-feira (16).

Zakk Wylde é idolatrado em show na capital paulista
Zakk Wylde é idolatrado em show na capital paulista
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Fonte: Terra
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