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Mundo da música homenageia David Bowie no 1º aniversário da morte do artista

10 jan 2017 - 06h03
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O primeiro aniversário da morte de David Bowie, lembrado nesta terça-feira, estará cercado de eventos especiais como a transmissão de um documentário na "BBC" e uma série de shows em homenagem ao icônico artista londrino em várias partes do mundo.

Bowie faleceu em decorrência de um câncer, aos 69 anos, e hoje o mundo da cultura presta tributo ao cantor, virtuoso da encenação, mestre por excelência da reinvenção e pioneiro do chamado 'glam rock'.

Ninguém como o polifacetado artista conjugou com tanta naturalidade um talento arrasador e um inegável magnetismo comercial com grandes dotes transgressores.

Para celebrar sua influente herança, a rede pública britânica "BBC" fez uma longa recordação de seus últimos cinco anos de vida com "David Bowie: The Last Five Years", programa transmitido no último sábado.

Este filme, dirigido por Francis Whately - que já esteve à frente de "David Bowie: Five Years", de 2013 - incluiu um áudio inédito da gravação de "Lazarus", extraído do profético "Blackstar", um trabalho repleto de simbolismos e referências à morte, que foi lançado apenas dois dias antes de sua partida.

O novo filme da "BBC" mostrou aspectos desconhecidos do compositor e revelou que Bowie soube que sua doença era terminal apenas três meses antes de morrer.

A produção, focada em seus últimos álbuns "The Next Day" e o citado "Blackstar", transmite a ideia de que, apesar da aparência de reinvenção incombustível que emana da trajetória de Bowie, a realidade é que sua obra apresenta temas recorrentes, como a fama e a mortalidade.

Ao longo de 2017, a "BBC" planeja exibir em todos os seus canais uma série de programas em homenagem ao artista.

Além disso, durante este mês, como parte dos tributos, estão programados shows beneficentes por várias cidades do mundo com as quais o artista manteve alguma ligação especial, como Londres, Nova York, Los Angeles, Sydney e Tóquio.

Durante os anos 1970, a profundidade de seu trabalho, sua voz e a originalidade que envolvia todos os seus projetos lhe transformaram em um dos mestres do 'glam rock'.

Artífice de elogiados trabalhos como "Heroes" (1977), "Lodger" (1979) e "Scary Monsters" (1980), o cantor de Brixton (Londres), que viveu em Nova York durante muitos anos, chegou ao topo desta indústria em 1972 com "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spider From Mars".

Esse disco relata a história de uma de suas muitas faces, o personagem Ziggy Stardust, um extraterrestre bissexual convertido em estrela do rock, à qual se seguiriam outras muitas personalidades como Aladdin Sane e White Duke.

Seu primeiro sucesso nos Estados Unidos veio em 1975 graças ao single "Fame", escrito a quatro mãos com John Lennon, assim como ao seu disco "Young Americans".

A partir daí, sucessos não faltariam, como "Low" (1977), a primeira de três colaborações com Brian Eno; a pegajosa "Ashes to Ashes", do álbum "Scary Monsters (and Super Creeps)"; a parceria com o Queen em "Under Pressure"; e "LeT's Dance".

Em 2006, o cantor, que vendeu 136 milhões de discos por todo o mundo, anunciou que tiraria um ano sabático, originando todo tipo de rumores sobre seu estado de saúde.

Durante uma prolongada ausência, deu as caras uma ou outra vez com alguma colaboração pontual, como sua aparição surpresa em um show de David Gilmour (Pink Floyd) no Royal Albert Hall de Londres naquele ano.

Após dez anos ausente, Bowie "ressuscitou" em 2013 com "The Next Day", um disco produzido por seu amigo Tony Viscontti, seu homem de confiança, que deixou a crítica entusiasmada.

Apenas um ano depois, chegou ao mercado a antologia "Nothing Has Changed", com a qual comemorava meio século de carreira, e concluiu sua produção musical com "Blackstar", coincidindo com seu 69º aniversário e que foi lançado dois dias antes de sua morte.

No plano pessoal, Bowie estava casado desde 1992 com a modelo somali Iman, com quem teve uma filha, Alexandria Zahra "Lexi" Jones, e teve antes outro filho, Duncan Jones, fruto de um primeiro casamento com Angela Bowie.

EFE   
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