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Bowie, Prince, Cohen e Juan Gabriel: um ano fúnebre para a música

21 dez 2016 - 22h45
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Os amantes da música tiveram motivos de sobra para lamentos neste ano, já que em 2016 morreram lendas como David Bowie, Prince e Leonard Cohen, enquanto em grande parte da América Latina foi lamentada a morte do mito mexicano Juan Gabriel.

O ano começou com a notícia de que David Bowie, uma das figuras mais ecléticas e visionárias da história da música, faleceu em 10 de janeiro em Nova York aos 69 anos.

O autor das memoráveis "Heroes" e "Starman" escondeu da opinião pública que sofria de câncer e, pouco antes de morrer, lançou o disco "Blackstar", que será sendo recordado como o epitáfio musical de um artista incomparável.

E Prince, outro gênio que não era digno de nenhuma comparação e que também nadou em todas as águas sonoras possíveis, morreu em 21 de abril em sua residência em Paisley Park, no estado de Minnesota (EUA) aos 57 anos.

Referência inquestionável da música negra e responsável por discos emblemáticos como "Purple Rain" (1984), Prince faleceu devido a uma overdose acidental do potente opiáceo fentanil.

O mundo também perdeu neste ano a voz grave, poética e sedutora do canadense Leonard Cohen, um farol para toda uma geração de cantores e que morreu em Los Angeles em 7 de novembro, aos 82 anos.

O compositor das inesquecíveis "Suzanne" e "First We Take Manhattan", seguindo os passos de Bowie, entregou um último disco semanas antes de morrer, intitulado "You Want It Darker" e que soou como um canto de adeus devido a seu tom nostálgico e de despedida.

E quase toda a América Latina chorou e rendeu uma emocionante homenagem a Juan Gabriel, "o divo de Juárez", que morreu aos 66 anos na cidade californiana de Santa Mônica em 28 de agosto.

Um problema cardíaco acabou com a vida do muito querido e popular cantor, que apenas dois dias antes de falecer tinha oferecido seu último show no Fórum de Los Angeles.

Do rock ao rap, passando pela eletrônica, o funk e o country, 2016 marcou a despedida de vários e respeitados artistas de todos os tipos.

Neste ano também morreu Glenn Frey, guitarrista e cantor do The Eagles, e também faleceu Maurice White, fundador e líder do grupo de funk Earth, Wind & Fire.

O carismático pianista Leon Russell, a lenda do country Merle Haggard, o instrumentista Keith Emerson, o cantor Greg Lake (ambos de Emerson, Lake & Palmer) e os guitarristas Paul Kantner (Jefferson Airplane) e Scotty Moore (conhecido acompanhante de Elvis) também figuram na extensa lista de baixas musicais de 2016.

Além disso, os seguidores do soul se despediram do cantor Billy Paul, um mestre do conhecido como "som Philadelphia", e da poderosa vocalista Sharon Jones.

Frank Sinatra Jr., filho do intérprete de "Fly Me To The Moon", também morreu em 2016, assim como o fundador do lendário selo fonográfico Chess, Phil Chess.

Outro grande cérebro oculto por trás de tremendos sucessos musicais foi o produtor britânico George Martin, considerado o "quinto Beatle" por sua vital contribuição ao fenômeno da banda de Liverpool e que morreu com 90 anos.

Também foi lembrado o pioneiro do punk e da eletrônica Alan Vega (Suicide), os rappers Phife Dawg (A Tribe Called Quest) e Shawty Lo, o talento do reggae Prince Buster, o rumbeiro congolês papa Wemba, o cantor de country Dan Hicks, o guitarrista de folk Guy Clark, o jazzista Mose Allison e o vocalista Pete Burns (Dead or Alive).

Dois jovens artistas que se apresentaram no programa "The Voice" faleceram em trágicas circunstâncias.

A americana Christina Grimmie, de 22 anos, morreu pelos disparos de um desconhecido durante um show em Orlando (Estados Unidos), e o mexicano Alejandro "Jano" Fuentes, de 45 anos, perdeu a vida em um tiroteio ocorrido em Chicago.

EFE   
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