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Academia Sueca não tem notícias de Dylan, que toca nesta semana em Estocolmo

28 mar 2017 - 08h13
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A Academia Sueca informou nesta terça-feira que não tem notícias do cantor americano Bob Dylan sobre a conferência de recepção do Nobel de Literatura que ocorrer antes de 10 de junho para receber o prêmio e os 8 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 900 mil).

Quando esta instituição descartou em novembro um ato alternativo à tradicional conferência do ganhador do prêmio pela recusa de Dylan a viajar para Estocolmo, mostrou sua esperança de que o cantor pudesse recolher o prêmio quando atuasse na Suécia, embora siga sem receber confirmação do artista.

"A Academia Sueca comunica que não aconteceu nenhuma conversa telefônica com Bob Dylan nos últimos meses. Dylan é consciente que a conferência de recepção deve ser realizada o mais tardar em 10 de junho se quiser receber a dotação econômica", afirmou hoje em seu blog a secretária permanente, Sara Danius.

Danius lembrou que assim estabelecem os estatutos da Fundação Nobel e que o que o músico decidir "é coisa sua".

A Academia se mostrou, no entanto, animada com os concertos de Dylan em Estocolmo, apesar de lembrar que as datas estavam fixadas "muito antes" de ganhar o Nobel de Literatura em outubro de 2016.

Dylan tinha anunciado semanas depois que não iria nem à conferência de aceitação do prêmio e nem à cerimônia de entrega dos Nobel, dizendo ter "compromissos prévios", embora tenha enviado um discurso de agradecimento que foi lido pela embaixadora dos Estados Unidos na Suécia no banquete de honra dos prêmios.

O músico foi reconhecido com o Nobel por criar "novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana", uma escolha surpreendente por ser a primeira vez que um cantor era premiado.

Após tentar ligar para Dylan sem sucesso durante vários dias, a Academia Sueca desistiu, enquanto um de seus membros, o escritor Per Wästberg, o qualificava de "rude" e "arrogante".

Dylan aceitou finalmente o Nobel e agradeceu um prêmio que o tinha deixado "sem palavras", em conversa telefônica com Danius.

Embora não seja necessário que o agraciado vá em pessoa a Estocolmo -como ocorreu por exemplo nos últimos anos com os britânicos Doris Lessing e Harold Pinter-, deve pronunciar uma conferência para poder receber o prêmio e o dinheiro.

EFE   
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