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Academia Sueca defende condição de Dylan como antigos poetas gregos

13 out 2016 - 10h35
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A secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, defendeu nesta quinta-feira a escolha do cantor americano Bob Dylan como ganhador do Nobel de Literatura deste ano por sua condição de poeta e o comparou com os vates gregos da antiguidade.

"Se olharmos milhares de anos para trás, descobriremos Homero e Safo. Escreveram textos poéticos feitos para serem escutados e interpretados com instrumentos. O mesmo acontece com Bob Dylan. Pode e deve ser lido", declarou Danius pouco depois do anúncio do prêmio na sede da Academia em Estocolmo.

Dylan é "um grande poeta na tradição em língua inglesa", "muito original" e que, durante 54 anos "continuou atuando e se reinventando assim mesmo, criando uma nova identidade", disse ela em entrevista ao site da Fundação Nobel.

Danius afirmou esperar que a escolha de Dylan não gere muitas críticas por ele ser um cantor e reconheceu que não era uma grande admiradora do músico em sua juventude, embora tenha se tornado fã com o passar dos anos.

Ela destacou ainda seu disco "Blonde on Blonde", um dos clássicos de Dylan, como paradigma de sua obra, "um exemplo extraordinário de sua forma brilhante de rimar, de juntar estribilhos e de seu estilo brilhante de pensamento".

EFE   
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