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"Tinha ciúmes do Agridoce", diz Pitty no Terra Live Music

1 mar 2012 - 16h38
(atualizado às 18h21)
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Estreando o Terra Live Music, novo programa e plataforma musical do Terra, nesta quinta-feira (1), Pitty disse que tinha ciúmes do Agridoce, projeto acústico ao lado do guitarrista Martin.

"Tinha ciúmes no início, porque era uma coisinha muito da gente. Era nossa diversão particular. A gente demorou muito para aceitar a ideia de fazer shows e um disco. Aí aos poucos foi dando vontade", disse à apresentadora Lorena Calábria.

Depois de apresentarem Romeu, Martin e Pitty contaram que o projeto surgiu na casa da cantora, ela no piano e ele no violão. Ao lado do produtor Rafael Ramos, eles gravaram o disco isolados em uma casa na Serra da Cantareira, em São Paulo.

Acompanhado de mais dois músicos, um na percussão e outro no pad eletrônico, o Agridoce seguiu com 20 Passos. Mas antes, Pitty comentou sobre a relação com Martin: "nos conhecemos quando erámos jovens adultos, desde o rock baiano. Ele era mais do metal e eu mais do hardcore. Mas a amizade cresceu quando ele entrou na banda e viramos parceiros musicais", explicou.

Martin também comentou sobre o novo projeto e nomeou Pitty como sua guia musical. "A gente ensaiava e ela apontava meus erros, novos caminhos. Hoje, como músico, tem um lugar em que quero chegar, mas estou muito mais confortável".

Sobre a gravação do disco, Pitty explicou que estavam abertos ao experimentalismo. "Levamos sininhos de vento, hippie para caramba. Não tinha uma ideia que era descartada sem tentar".

O Agridoce continuou com Dançando, a primeira faixa que ganhou um clipe. Filmado e dirigido por Otávio Sousa, o vídeo ganhou cara de making of e a dupla contou que não houve tentativas de encenação.

O experimentalismo no Agridoce também rendeu a Martin uma evolução na guitarra e violão. "Usei diversos novos elementos, como o slide. Toquei bandolim também e espero nunca mais tocar", disse, rindo, o músico, que sofreu com o instrumento na gravação.

Pitty também explicou que as primeiras composições eram mais minimalistas e que os dois compunham como Paul McCartney e John Lennon. "Cada um cantava as músicas que escreviam". A exceção é Upside Down, a quarta música tocada.

Antes de tocarem, a cantora baiana disse que a faixa foi escrita em conjunto, umas das primeiras em que ela se sentiu confortável em compor na presença de Martin.

Em seguida, vieram 130 anos e Embrace The Devil, com Pitty tocando um pequeno xilofone. A cantora comentou sobre a forma mais calma de cantar no Agridoce e não se considerou uma pianista. "Eu teria que sentar a bunda na cadeira e tocar por cinco horas. Mas eu não vou fazer isso porque não tenho disciplina".

Perguntada por um fã sobre quando voltará a gravar com sua banda, Pitty mostrou seu lado baiano. "Mas que povo ansioso. A gente acabou se lançar um disco, aproveite esse aí. Deixa a vida rolar".

Martin também brincou que, sobre datas de lançamentos e projetos, a banda não sabe nada. A sétima música apresentada foi a francesa La Javanaise, cover de Serge Gainsbourg.

A dupla ainda comentou sobre os sucessos dos shows, lembrando a apresentação no Rec-Beat, em Recife, onde a plateia cantou e ovacionou o projeto.

Com dezenas de agradecimentos à plateia presente, Pitty se desculpou por não poder tocar todas as músicas do disco e finalizou com O Porto.

Fonte: Terra
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