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Terra Live: "éramos todos músicos operários", diz Sandália de Prata

5 jul 2012 - 17h00
(atualizado às 18h00)
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Misturando samba, jazz, rock, gafieira, soul e mais um pouco, o grupo paulistano Sandália de Prata foi convidado desta quinta-feira (5) do Terra Live Music, apresentando por Lorena Calábria. Formada em 2003 por músicos profissionais, a banda surgiu como uma oportunidade de seus membros criar sua própria arte.

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"Éramos todos músicos operários", disse o guitarrista Sandro Lima. "A gente sempre trabalhou com outros artistas e o Sandália de Prata é a nossa evolução e reciclagem musical dentro de um trabalho autoral". A vocalista Ully Costa também explicou que todos da banda continuam com projetos paralelos, o que faz do grupo um mistura de estilos e gênero

Composto por Ully Costa (voz), Dado Tristão (teclado), Carlinhos Creck (contra-baixo), Sandro Lima (guitarra), Paulinho Sorriso (bateria), Tito Amorim (percussão), João Lenhari (trompete), Jorginho Neto (trombone) e Marcelo Valezi (saxofone), o grupo abriu com Som de Drão, seguido pelo samba-rock mais jovem guarda de Menino Rei, do mais recente álbum, Desafio ao Galo.

Com três discos lançados, Sandália de Prata (2006), Samba Pesado (2009 - e 2010 o LP) e Clássicos em 45 RPM (LP lançado também em 2010), Ully contou mais sobre o início da banda. "Quando começamos éramos apenas quatro mebros, depois entrou teclado, percussão e os meninos do metal", disse. "As composições principalmente são voltadas para o samba e poesia é sobre do dia a dia de cada um". Entre as influências do Sandália de Prata, muita música negra internacional e nacional, como James Brown, Ray Charles, Originais do Samba, Jorge Ben Jor, Elza Soares, entre outros.

Além de influência e ídola, Elza é também parceira do grupo, participando de uma das faixas de Samba Pesado. O grupo também já dividiu o palco com outros grandes nomes da MPB e do rap, como Simoninha, Jair Rodrigues, Rappin' Hood e Emicida. "O rap e o groove sempre foram latentes na nossa música. A gente pensa na banda quase como uma big band, recebendo esses crooners", disse Ully.

Mas o Sandália de Prata também é uma banda eclética. Depois de apresentar um samba menos pesado e mais suave com Dida e a mais dançante Sapato de Ouro, o grupo comentou sobre como faz para manter a atenção do público. "A gente já passou de tudo em cima do palco, então a gente sabe mudar o clima do show quando sentimos que está frio", contou Ully. Entre uma canção própria e outra, uma releitura de um grande artista é sempre uma boa pedida, como uma versão funkeada de Check My Machine, de Paul McCartney, que o grupo tocou a pedido da apresentadora Lorena Calábria.

Em seguida, o grupo executou Rolê na Paulicéia, composta por Alê Muniz, Luciana Simões e Ully Costa. "Eu sou muito influenciada por parcerias", explicou a cantora sobre outra marca do grupo: as composições com os amigos.

Recebendo muitos elogios de amigos e alunos de música por meio das perguntas que chegavam, o Sandália de Prata seguiu com mais samba. Perto do fim, a banda tocou O Cravo e a Rosa, de Jorge Ben Jor, Fez Por Merecer e a saideira Reza Forte.

Som de Drão, por Sandália de Prata:
Fonte: Terra
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