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"Sempre fui um operário da música", diz Marcelo Jeneci

8 set 2011 - 17h16
(atualizado às 18h20)
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A despeito da pouca idade - apenas 29 anos - Marcelo Jeneci, convidado desta quinta-feira (8) do Sonora Live, trabalha com música há mais de uma década. Revelado por Chico César em 2000, época em que o autor de Mama Africa estourou e partiu para turnê internacional, o cantor afirmou que foi só graças a essa fase que seu disco de estreia pôde sair de forma tão caprichada. "Sempre fui um operário da música. Essa turma que fazia parte da banda do Chico foi muito importante para mim, pois na sequência já foram aparecendo outros artistas me convidando para participar do trabalho deles. Aos 15, pintou o primeiro trabalho. Aos 17, já saí do País para tocar".

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Sanfonista e pianista do músico paraíbano no giro que passou por Europa e EUA, Jeneci disse ver a experiência como instrumentista contratado como o principal fator para fazer surgir nele a inspiração e o sentimento de necessidade para fazer um disco próprio - Feito pra Acabar, lançado no ano passado pela Som Livre. "Conforme fui sendo chamado pelos artistas, passei a ter essa vontade de dizer alguma coisa. Agora, dez anos depois de estar vivendo tanto de música, pude fazer um disco que posso chamar de maduro".

O orgulho em relação ao único trabalho lançado até agora foi notório durante todo o bate-papo com a apresentadora Lorena Calábria. Para o músico, a produção do álbum foi a melhor possível, em todos os aspectos - tanto na parte gráfica e de mixagem quanto em relação às próprias composições, que teve bastante tempo para escrever. "Inaugurar uma carreira solo com um disco que preze por uma qualidade criteriosa me deixa satisfeito, pois cria uma expectativa para um segundo trabalho. Estreei trazendo o padrão de qualidade que queria".

Garantindo gostar dessa cobrança que com certeza estará presente quando os críticos forem analisar o próximo disco, ainda sem previsão de lançamento, Jeneci garantiu ainda ter feito o álbum exatamente da forma como queria, não precisando ceder a quaisquer pressões da gravadora ou patrocinadora, algo comum entre boa parte dos artistas do mercado fonográfico, especialmente entre os estreantes. "Não fiz nenhuma concessão. Tive o patrocínio da Natura e, quando acabou o dinheiro, continuei. O álbum me impôs uma cobrança severa pois foi muito bem feito".

Parcerias

Mesmo com o feedback positivo tanto do público quanto da crítica que vem recebendo desde o lançamento do trabalho, Marcelo afirmou não ter qualquer pretensão de parar de tocar com Arnaldo Antunes, de quem é parceiro no estúdio e nos palcos como músico de apoio. "Eu dependo dessa reciclagem. Toco na banda dele e tento manipular minhas próprias datas para estar sempre com ele nos shows".

A proximidade com o cantor e tantos outros é tão grande que, nas horas em que "travava" nas composições de Feito pra Acabar, Jeneci procurava colegas do mundo da música para ajudá-lo a acabá-las. "As minhas parcerias não são típicas, são uma inquietação. Eu fazia um pedaço das melodias e das letras e, por tocar com Arnaldo e outros, quando dava um branco, ia pedir ajuda a eles. Foi muito natural".

Incansavelmente questionado pelos fãs a respeito do segundo disco, o músico garantiu já ter um número de canções ideal para fechá-lo, mas disse preferir escrever mais algumas para que o trabalho seja lançado com a qualidade desejada. "O lance é chegar no repertório ideal. Por mais que eu tenha 15 músicas prontas, vejo que elas não me convencem. Preciso fechar um mosaico de opções para ver o que é melhor entrar".

Apesar disso, Marcelo prometeu uma edição especial de seu primeiro trabalho para chegar ao mercado ainda em 2011, com videoclipes, versões para músicas já lançadas, bastidores da turnê e uma canção inédita, Borboleta, gravada por ele recentemente.

Marcelo Jeneci abre Sonora Live cantando "Felicidade":
Fonte: Terra
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