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Leandro Sapucahy mostra lado romântico no Sonora Live

22 set 2011 - 16h50
(atualizado às 18h38)
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Acabando com a fama de bandido, Leandro Sapucahy apresentou nesta quinta-feira (22) no Sonora Live seu lado romântico, com as músicas de seu mais recente trabalho, Malandro Também Ama.

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Explicando a mudança do conteúdo de suas músicas, Sapucahy explicou que já estava sendo rotulado pelos sambas de crítica social. "Já estava ficando um pouco previsível e os amigos do meu filho começaram a perguntar se eu era bandido. Eu que sou um cara de família, com pais casados há 50 anos", disse.

Acompanhado de uma roda de samba com violão, cavaquinho, pandeiro e rebolo, o sambista começou a apresentação com A Que Mais Deixa Saudade, de Serginho Mereti, e que abre Malandro Também Ama.

"Para esse disco eu queria algo mais descontraído, mostrar o lado alegre da favela", contou. "Eu não gravo um álbum por ano, prefiro dar uma espaço entre um e outro para poder trabalhar mais as músicas".

Em seguida, Sapucahy comentou sobre o álbum Cantando Roberto Ribeiro, no qual conta com a participação de sua mãe, Dona Jaci. "Fiz o projeto por causa da minha mãe, que sempre cantou e é fã dele", explicou antes de dar uma palinha de Está Faltando Uma Coisa Em Mim.

Antes de fechar o primeiro bloco, o cantor disse que o samba é um gênero vencedor por conseguir reunir o público e músicos facilmente. Sapucahy, então, emendou com Eu Não Quero Saber de Nada.

No segundo bloco, o sambista e produtor disse que procura novos sambas e compositores em qualquer lugar, e contou que está sempre aberto a escutar músicas de artistas desconhecidos: "eu ouço todas as músicas. Não tem panela, se for boa eu gravo".

O convidado do Sonora também contou sua experiência de produzir Arlindo Cruz, Marcelo D2, a jovem Aline Calixto e ele mesmo - "Com esse novo álbum procurei falar de amor sem ficar tosco, meloso e sem parecer com nada". Em seguida, Leandro Sapucahy apresentou Bateu a Resposta, de André Renato, filho de Sereno, do Fundo de Quintal.

Para finalizar o bloco, o sambista falou sobre seu novo passo para uma música mais comercial e contou que Regina Casé, produtora do seu DVD Favela Brasil, o ajudou no processo. "Quando faço um disco não procuro a fama, mas aí a Regina me deu umas dicas, para usar umas roupas mais justas, e eu a ouvi", explicou, antes de cantar Disse Me Disse, mais uma de Mereti.

Na terceira parte do Sonora Live, Sapucahy falou sobre sua descoberta da música. "Ouvia o atabaque de um terreiro de Candomblé perto de casa e certa vez me ofereci na escola para tocá-lo em um grupo de folclore. Foi aí que comecei a tomar gosto pela percussão", contou. "A cada Natal e aniversário pedia um instrumento para minha mãe e aos 14 anos já estava tocando profissionalmente".

Para a sexta música, o sambista apresentou Favela Fashion Week, canção que dá o título de seu próximo DVD, que será gravado em novembro. "É um nome perfeito para mostrar esse outro lado da favela", disse.

No último bloco, Sapucahy respondeu as perguntas dos internautas e disse que toca para todos os públicos: "procuro ir onde as pessoas querem que eu vá, e onde me sinto bem". Para finalizar, o sambista cantou Meu Nome é Favela, muito pedida pelos fãs.

Na próxima quinta-feira (29), o Sonora Live recebe Fiuk, cantando músicas de seu mais recente trabalho, Sou Eu.

A que mais deixa saudade, por Leandro Sapucahy:
Fonte: Terra
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