PUBLICIDADE

"Eu vivo na cena do rock, blues e pós-punk", diz Nasi no Sonora

15 set 2011 - 16h39
(atualizado às 19h07)
Compartilhar

Convidado especial desta quinta-feira (15) no Sonora Live, o cantor Nasi apresentou música de seu mais recente disco Vivendo Na Cena, lançado em 2010.

Ouça Nasi grátis no Sonora

"Eu vivo nesta cena. Para o disco eu quis fazer um panorama do meu gosto musical: o blues, o rock clássico, o pós-punk. É esse cenário que eu vivo.", disse Nasi.

Acompanhado de guitarra, baixo, bateria e teclado, o ex-vocalista do Ira! começou com Ogum, música de guitarra e baixo marcado em blues e de sua própria autoria.

Em seguida, o cantor comentou que o objetivo do disco foi gravar ao vivo em estúdio, com o menor uso de overdubs. "Queria fazer algo que parecesse as gravações de Abbey Road, nos anos 60 e 70", contou.

Produzido por Apollo Nove e gravado por Roy Cicala (que já trabalhou com Jimi Hendrix, John Lennon, Bruce Springsteen, entre outros) no estúdio Na Cena, em São Paulo, Vivendo Na Cena trás uma seleção de toda a carreira Nasi no Ira!, Voluntários da Pátria e Irmãos do Blues, além de inéditas e covers de artistas nacionais, como Raul Seixas, Cazuza, João Bosco e banda Eddie.

Para a segunda música, Nasi apresentou uma versão hillbilly (música caipira norte-americana) de Desequilíbrio, da banda de maracatu Eddie. Logo no fim da canção, Nasi pediu para a produção não deixar a retorno de Lorena Calábria não vazar para o seu fone. "No meio da música comecei ouvir sua voz, foi difícil", disse rindo à apresentadora.

Na volta para o segundo bloco, Nasi relembrou momentos do Voluntários da Pátria, banda pós-punk que cantou antes de assumir o microfone do Ira!. O cantor disse que antes de gravou o primeiro disco, ficou dois meses com a boca amarrada devido a um acidente de carro. "Eu mal tirei as amarras da boca, eu já estava no estúdio para gravar", disse.

Para a próxima música mais um cover: As Minas do Rei Salomão, de Raul Seixas. Com um arranjo de cabaré, Nasi mostrou mais uma vez a grande influência do country norte-americano em sua carreira.

No terceiro bloco, Nasi e Lorena conversaram com Clemente, vocalista da banda punk paulistana Inocentes. Os três lembraram do romantismo do rock nacional nos anos 1980 e Nasi criticou a forma como a música é produzida para as rádios: "hoje tem padrão radiofônico para sucesso rock, é o famoso pop rock. Odeio esse termo".

Na quarta música, Nasi cantou Poeira Nos Olhos, do seu projeto Os Irmãos do Blues. No fim, Nasi comentou que nos shows esta canção e uma jam de diversos músicos, sendo um deles Manito, Antônio Rosas Seixas, saxofonista do lendário Os Incríveis, morto na última sexta-feira (9). "Manito foi parte fundamental da música nacional, esta música é dedicada a ele", disse.

Na volta do quinto bloco foi a vez de falar sobre o Ira!. "Todo mundo já sabe o que aconteceu com o Ira!. Hoje ainda tenho contato com o (Ricardo) Gaspa, mas o resto do pessoal não. Desejo o bem para eles, mas eles lá e eu aqui, no meu canto", explicou.

O quinto bloco ainda teve a participação de Luiz Thunderbird, relembrando um pouco mais o rock dos anos 1980 e sua amizade com Nasi. O cantor lembrou que Thunderbird é bom para dar nomes para bandas e Lorena desafiou o ex-VJ a dar um nome para a banda de Nasi; mas sem sucesso. Em seguida, veio Aqui não é meu lugar, mais uma das inéditas de Vivendo Na Cena.

Respondendo as perguntas dos internautas, Nasi contou que é fã da banda de Brasília Móveis Coloniais de Acaju e elegeu Ouro de Tolo sua música favorita de Raul Seixas. Encerrando o Sonora, Nasi cantou Bala com Bala

Nasi abre o Sonora Live cantando "Ogum":

, de João Bosco e Aldir Blanc, também presente em

Vivendo Na Cena

.

Na próxima quinta-feira (22) o Sonora Live recebe o sambista Leandro Sapucahy.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade