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SP: Haddad admite violência na Virada, mas nega falhas na organização

Cerca de 4 milhões de pessoas passaram pele evento no centro da capital paulista, diz prefeitura

19 mai 2013 - 19h05
(atualizado em 20/5/2013 às 07h50)
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<p>O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em coletiva na tarde deste domingo (19)</p>
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em coletiva na tarde deste domingo (19)
Foto: Vagner Magalhães / Terra

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na tarde deste domingo (19) que o número de ocorrências policiais - notadamente na madrugada - foi maior do que o esperado, mas afirma que um eventual crescimento no número de ocorrências não irá intimidar a organização do evento. "A cidade é nossa e vamos ocupar a cidade. (A violência) nãopode servir de intimidação", disse ele.

De acordo com o prefeito, os episódios mais graves aconteceram sobretudo entre 2h30 e 5h da manha deste domingo. Segundo ele, nesse período teve eventos (de violência) "muito além do esperado". Por volta das 5h da manhã, no caso mais grave registrado, o balconista Elias Martins Moraes Neto, 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante um assalto na avenida Rio Branco, região central da cidade.

"Tivemos uma percepção de ocorrências maior do que se esperava. Mas que houve intensa mobilização dos contingentes que estavam de prontidão no sentido do socorro devido. Havia contingente para o atendimento dessas ocorrências", disse ele.

Para o coronel Reynaldo Simões, comandante da Polícia Militar na região do centro da capital, a corporação, composta por cerca de 3,4 mil policiais, agiu de maneira condizente com o tipo de evento.

"Em um ambiente como esse, o uso da força policial deve ser muito bem pedido, sob o risco de causar um prejuízo ainda maior. Imaginem o impacto de uma tropa correndo no meio de uma multidão (para conter um arrastão). Tínhamos agentes infiltrados, que fizeram a prisão de alguns integrantes no momento mais adequado", afirma.

Apesar de não divulgar números oficiais de ocorrências - que serão liberados apenas após o final do evento - a PM diz ter realizado 28 prisões e a apreensão de nove menores de cidade.

O prefeito afirmou que houve empenho das forças de segurança e que não faltou contingente para atender as ocorrências. "Houve intensa mobilização dos contingentes que estavam de prontidão no sentido do socorro devido. Havia contingente para o atendimento dessas ocorrências", disse.

De acordo com ele, houve um número maior de ocorrências, mas havia um contingente inédito de policiais na rua. "Foram mobilizados 3,4 mil policiais militares e 1,4 guardas civis. A violência de sexta para sábado não foi menor do que de sábado para domingo".

De acordo com o coronel da PM, a percepção do aumento no número de ocorrências, verificado pela Prefeitura, ainda precisa ser melhor analisado. "Gostaríamos de aguardar os números fechados".

Para ele, a sensação de ser vítima não é confortável para ninguém. É preciso comparar o universo de vítimas ao universo de pessoas. A repercussão midiática disso pode gerar uma sensação de que a segurança pública não foi adequada", disse.

Para o prefeito, do ponto de vista das atrações, tudo ocorreu na mais perfeita ordem. "Foram quase 900 atrações praticamente impecáveis. Foi tudo dentro da normalidade, parte técnica, comprometimento dos artistas, tudo muito elogiado. A cultura ganhou e ganhou muito. Esta foi das melhores viradas da cidade de São Paulo sob esse ponto de vista", disse ele.

Fonte: Terra
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