PUBLICIDADE

"Tocar em festivais é sempre muito difícil", diz Toro Y Moi

24 out 2011 - 14h51
(atualizado em 25/10/2011 às 16h34)
Compartilhar
Rafael Machtura

O norte-americano Chazwick Bundick, mais conhecido por ser a cabeça de Toro Y Moi, parece sonolento e emburrado no telefone. De poucas palavras, mas de falas precisas, você percebe logo que não é nada disso: ele é assim mesmo, quieto e bem educado.

Uma das principais atrações do Planeta Terra 2011, Chaz conta que é sempre difícil tocar em grandes festivais. "É sempre difícil chegar às pessoas porque tem muita coisa entre eles e a banda. Em lugares fechados, a gente interage mais com a plateia", diz ao Terra o líder do projeto de chillwave. O gênero foi cunhado por moderninhos que identificaram uma "onda" mais calma nos seus ritmos eletrônicos e psicodélicos.

Mas o chillwave de Toro Y Moi parece que está indo para outro caminho. Lançado em setembro, o novo EP Freaking Out tem sido recebido críticas mais voltadas ao funk e ao disco anos 80. "As pessoas coisas que eu não penso. Eu estou apenas acelerando as músicas um pouco mais", explica Chaz, que junto de sua banda de amigos de escola, também se apresenta no Rio de Janeiro no dia 8 de novembro, no Circo Voador.

Confira a entrevista completa:

Terra - Como foi receber a notícia de tocar no Brasil pela primeira vez?

Toro Y Moi - Eu não estava planejando nada, mas aí a gente recebeu a notícia e ficamos bastante empolgados. Então, espero que tenha muita música para tocar.

Terra - Em São Paulo você vai tocar em um grande festival e no Rio em uma casa de show. Você prefere tocar para uma grande plateia ou em lugares menores?

Toro Y Moi - Eu acho que tocar em grandes festivais, especialmente fora dos Estados Unidos, é se sempre uma boa maneira de entender a cultura do lugar. Mas em festivais é sempre difícil de chegar às pessoas porque tem muita coisa entre eles e a banda. Se fosse para escolher um eu diria que em lugares fechados; a gente interage mais com a plateia, é mais íntimo.

Terra - E quem você está trazendo para o Brasil?

Toro Y Moi - Eu tenho a minha banda, que são meus amigos de escola. Nós somos em quatro membros: guitarra, baixo, bateria e comigo, voz e teclados.

Terra - E vocês estão planejando gastar algum tempo conhecendo o País?

Toro Y Moi - Nós vamos ficar por aí apenas alguns dias e voar para o próximo show. Vai ser bem rápido, mas vou comemorar meu aniversário aí, então vamos tentar fazer alguma coisa.

Terra - Você acabou de lançar o EP Freaking Out e muitas críticas falam que você está se distanciando do estilo chillwave, que marcou seus trabalhos anteriores. Você concorda com isso?

Toro Y Moi - As pessoas pensam coisas que eu não penso. Eu estou apenas elaborando o que faço. Eu estou fazendo dance music e o que eu queria fazer era apenas acelerar as músicas um pouco mais, porque ao vivo elas crescem e ficam mais divertidas.

Terra - E você concorda em chamar sua música de chillwave?

Toro Y Moi - Eu não tenho problema com isso. Aliás, eu acho legal que me associam a isso.

Terra - Mas para você que tipo de música você faz?

Toro Y Moi - Eu acho que faço música pop, com influências do funk e da música psicodélica.

Terra - E por que você nomeou o EP de Freaking Out (elouquecendo)? Foi assim que você sentiu ao gravá-lo?

Toro Y Moi - Não! (risos) Freaking out só foi um tema que estava compondo. Eu estava tentando fazer músicas pop e muitas delas eram sobre garotas, amor, ou seja, enlouquecendo.

Terra - Você lançou no começo do ano o álbum Underneath the Pine. Por que lançar um EP ainda este ano?

Toro Y Moi - Eu acho que foi para dar algo a mais para os fãs. Gosto de gravar álbuns cheios, mas com o EP você consegue dar um gostinho a mais para eles.

"As pessoas pensam coisas que eu não penso. Estou apenas elaborando o que faço", diz Chazwick Bundick sobre novo EP de Toro Y Moi
"As pessoas pensam coisas que eu não penso. Estou apenas elaborando o que faço", diz Chazwick Bundick sobre novo EP de Toro Y Moi
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade