"Será selvagem", diz Empire of the Sun sobre Planeta Terra
- Osmar Portilho
"É como se fosse algo teatral. Não, não. Uma jornada. Quer dizer, algo diferente. Um filme. Um filme ao vivo. Isso". Embora Luke Steele tenha se perdido um pouco na hora de falar como é o show do Empire of the Sun ao Terra, o australiano garante o que seus fãs verão no Planeta Terra Festival 2010: uma apresentação selvagem.
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Formada em 2006, a dupla, que ainda conta com Nick Littlemore, será uma das atrações do festival, marcado para o dia 20 de novembro, no Playcenter, em São Paulo. "Estou muito empolgado. Para nós vai ser algo épico. Um dia estamos gravando uma demos e de repente vamos tocar no Brasil", comemora Luke.
O primeiro disco, chamado Walking on a Dream, saiu em 2008 pela EMI. Dele saíram singles como We Are the People, Without You e a faixa que dá o título ao álbum. Famosos pelo seu visual extravagante, o Empire of the Sun usa seu look nos clipes, fotos divulgação e, claro, nos shows, como mais um atrativo.
Luke explicou que tudo faz parte de um conceito para quem quer curtir a música da dupla. "Muitas coisas nos levaram a isso. Queremos forçar a imaginação. São situações de emoção que você sente fazendo sexo, quando fica bêbado, briga com a namorada e por aí. Os personagens ajudam a criar isso", disse.
Confira a entrevista completa:
Terra - Como está se sentido para tocar no Brasil?
Luke Steele - Eu estou muito empolgado. Nunca estive no Brasil e acho que é algo muito grande para nós. Com certeza será uma coisa épica. Sempre fomos muito pés no chão e nunca esperamos nada desse projeto. Um dia estamos gravando umas demos, depois a gravadora nos liga e quando vemos estamos cruzando o oceano para tocar no Brasil. É algo muito louco.
Como foi o início do projeto?
Eu e Nick nos conhecemos em 2000. Sempre acabamos nos cruzando por aí por causa de nossas outras bandas. Chegamos a gravar algumas demos, mas só em 2006 que resolvemos entrar em prática mesmo.
E qual o motivo de usar a maquiagem e fantasias? Foi algo que discutiram antes ou depois de escreverem as músicas?
Foi depois. Fizemos um disco legal e as letras sobre sonhos e todas essas coisas nos levaram a isso. São sensações que você tem ao fazer sexo, ficar bêbado, terminar com a namorada. Queríamos propocionar algo de muita emoção e acho que os personagens ajudam nisso. Forçar o uso da sua imaginação.
O que devemos esperar do show de vocês?
É como se fosse algo teatral. Não, não. Uma jornada. Quer dizer, algo diferente. Um filme. Um filme ao vivo. Isso. Estamos viajando o mundo inteiro e tem sido ótimo. Garanto que será uma apresentação selvagem.
Vocês já conversaram com outros músicos sobre o Brasil?
Claro. Todos falam que o Brasil é "lugar para se estar". Também falam que os fãs são muito loucos. Acho que isso vai combinar.
E o line up do Planeta Terra Festival? Já viu?.
Vi que haverá shows do Smashing Pumpkins, Yeasayer, Phoenix e outros. O Phoenix é ótimo, sempre fui fã deles. Vou organizar meus horários no dia para tentar ver o show.
Ter um projeto musical na Austrália, fora do eixo Estados Unidos/Reino Unido dificulta algumas coisas?
É bom fazer música na Austrália. É uma distância muito grande e o que dificulta é o que o nível dos músicos e as oportunidades acabam ficando limitadas. Se você vai para uma cidade tipo Los Angeles, há muito mais produtores, compositores, equipamento e por aí. Creio que estamos em um ponto que devemos ficar mais na América e Europa para conhecer pessoas e voltar ao início.
Você gosta da música feita hoje em dia?
Sim e não. É algo louco. Artistas novos correm feito doidos atrás de tecnologia, mas 9% deles sabe usá-la de verdade. O resto vira lixo. Aparece um garoto com um computador e se acha um produtor que sabe de tudo. É uma época boa porque todos tem chance de serem ouvidos. Na verdade, não temos escolha.
Mande uma mensagem para os fãs do Brasil.
Não vemos a hora de tocar no Brasil. "Here comes the sun". Coloquem sua maquiagem e vamos lá.
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