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Gregg Gillis promete show "caótico" do Girl Talk

21 set 2010 - 10h11
(atualizado às 16h00)
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Osmar Portilho
Direto de São Paulo

O Planeta Terra Festival 2010 com certeza tem escalado em seu line up uma apresentação contagiante: Girl Talk. O projeto do produtor Gregg Gillis fica encarregado por encerrar a festa do palco Gillette Hands Up o/ no dia 20 de novembro, no Playcenter, em São Paulo. Em entrevista ao Terra, o músico, que já passou pelo Brasil em 2007, afirmou que seu retorno será mais "caótico".

Munido de seu laptop, onde recorta trechos de canções e faz seus famosos mashups, o americano não vê limites na interação com a plateia. Com o pseudônimo de Girl Talk, o produtor mostra suas canções ao vivo em apresentações cheias de energia. Quando passou pelo Brasil em 2007, no Tim Festival, o produtor se empolgou, tirou a camisa e cantou no meio do público.

Gregg lembra que a apresentação começou morna em função do horário avançando que foi escalado, mas que a surpresa foi boa pouco depois. "Foi um pouco decepcionante porque todo mundo tinha ido embora. Mas depois de uns 5 ou 10 minutos apareceu um monte de gente e eu fiquei muito empolgado", contou.

Confira a entrevista completa:

Terra - Como está se sentindo para este show no Planeta Terra Festival?
Gregg Gillis - Estou muito empolgado. É a segunda vez no Brasil e eu não saí muito nos Estados Unidos. Da última vez foi muito legal aí e gosto de conhecer pessoas e ver como elas se comportam com a música. Quero voltar pra testar isso novamente.

Você foi uma das atrações do Tim Festival de 2007. O que lembra dessa passagem?

Eu lembro que não conhecia muito bem o Brasil e não sabia se as pessoas eram familiarizadas com meu trabalho. Acabei começando o show um pouco tarde e vi que não tinha muita gente na plateia e pensei: "vou só fazer minhas coisas e ir embora". Foi um pouco decepcionante porque todo mundo tinha ido embora. Mas depois de uns 5 ou 10 minutos apareceu um monte de gente e eu fiquei muito empolgado.

Você sentiu algo diferente dos fãs brasileiros?
Culturalmente é diferente você pensar em qual parte do país está e se é tudo apropriado. Pra mim foi muito surpreendente quando todos são receptivos com o que estou tocando. O Brasil é um lugar ótimo e tem muitos fãs de música. Com a experiência que tive na primeira vez quero repetir a dose e tornar algo mais regular.

Já pensou em alguma surpresa para o show?
Eu penso e trabalho constantemente na música. Eu não paro. Faço shows toda hora e sempre estou empolgado fazendo remixes, desmanchando músicas e montando-as novamente. Desde a última vez que fui ao Brasil, acho que o show virou um pouco um espetáculo. Em 2007 fui sozinho e agora vou com alguns amigos no palco. Espero que seja mais caótico.

Música dance e pop tiveram um crescimento razoável nos últimos anos. É mais fonte para seu trabalho?
É fácil olhar para trás e achar que era muito melhor cinco, dez ou vinte anos atrás. Vivemos em uma época muito empolgante. Uma das eras de maiores mudanças da música. Passando do analógico para digital. A internet permite que todos conheçam muitos estilos de música, brasileiros conheçam música americana, americanos conheçam música brasileira e por aí vai. Só o fato das pessoas poderem fazer música no computador ou nos telefones torna tudo isso muito interessante. É uma época de maior mudança e revolução da música com a internet.

Você chegou a fazer um remixe para o Bonde do Rolê. O que já chegou no seu ouvido de brasileiros recentemente?
Eu gostaria de conhecer mais. Conheci eles por causa do Diplo. Foi a primeira música que ouvi música desse jeito. Definitivamente é uma coisa que se tornou popular nos Estados Unidos e isso teve uma cota de responsabilidade deles. Quero aproveitar essa visita para ouvir mais coisas. A gente ouve tudo pela internet, mas há uma coisa de saber o que acontece culturalmente por aí. Um sabor extra.

Ainda há pessoas que criticam o uso de samplers dizendo que isso é é um roubo. Como se sente com esse tipo de afirmação?

Isso é uma maneira antiga de pensar. Toda a música é pensada de alguma forma que já existiu antes. Seja fazendo um sampler ou simplesmente tocando algo que te influenciou. Não há idéias completamente originais. Mesmo uma banda de rock nova pega elementos de Nirvana mistura com U2 e elementos do Stooges e grava no estúdio. Todos pegam coisas emprestadas do passado. Essa é a natureza de criar música. Não vejo o porquê de não fazer isso no sentido físico e criar algo novo com isso. Estamos vendo uma nova leva de música. Muita gente tem incorporado samples. Isso é um jeito muito datado de se pensar.

Produtor é famoso por fazer shows empolgantes
Produtor é famoso por fazer shows empolgantes
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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