Little Boots antes do Planeta Terra: "ouvi dizer que ninguém dorme aí"
- Felipe Tringoni
O sucesso chegou precocemente para Victoria Hesketh. Em 2008, depois de passar por várias bandas durante a faculdade, esta inglesa de Blackpool começou a divulgar no YouTube vídeos de covers e de canções próprias usando o nome Little Boots - que surgiu de uma brincadeira de amigos com seus pés, tamanho 34. Não demorou para a imprensa musical inglesa classificá-la como "o futuro do pop" e "a nova Kylie Minogue", em referência a seu dancepop eletrônico e grudento.
Depois de apresentações em prestigiosos programas de TV e em festivais do Reino Unido e do lançamento de seu único álbum até o momento (Hands, de 2009), Victoria parece ter sossegado um pouco. "Eu aprendi bastante sobre mim mesma como artista e como funciona a indústria, e não me arrependo de nada", contou nesta entrevista antes de sua primeira passagem pelo Brasil, onde se apresenta neste sábado (20) no Claro Indie Stage do Planeta Terra Festival - que será realizado no Jockey Clube de São Paulo a partir das 13h, com transmissão ao vivo pelo Terra.
"Eu sempre quis visitar o Brasil, então estou muito ansiosa! Ouvi dizer que ninguém dorme por aí...", brincou a garota por trás do Little Boots antes de seu primeiro voo para a América do Sul. Confira abaixo a íntegra da conversa.
Terra - Victoria, desde seu início na banda Dead Disco você toca sintetizadores e teclados. Sempre foram seus instrumentos? Como começou a tocar?
Victoria -
Sim, eu brinco com sintetizadores desde a adolescência. Eu toquei piano quando era mais nova, depois fui para a faculdade e comecei a entrar em bandas e a fazer música com outras pessoas, e então comprei meu primeiro sintetizador e fiquei viciada!
Terra - Sua música chamou atenção na Inglaterra muito cedo, antes mesmo do lançamento de seu primeiro álbum. Como foi administrar um sucesso tão imediato? Acha que isso fez algum efeito em seu trabalho posterior?
Victoria -
Foi difícil na época porque as coisas aconteceram muito rapidamente e isso colocou muita pressão e expectativa sobre o álbum, que naquele momento eu ainda não havia terminado. Sem dúvidas isso afetou meu trabalho, e toda aquela experiência moldou o que estou fazendo agora. Mas eu aprendi bastante sobre mim mesma como artista e como funciona a indústria, e não me arrependo de nada.
Terra - Seus primeiros singles solo tiveram a produção de Joe Goddard, do Hot Chip. Como se conheceram e como foi esse trabalho com ele? O Hot Chip também é uma influência para o seu som de alguma maneira?
Victoria -
Eu sempre fui fã do Hot Chip, e não me lembro exatamente como acabamos nos conhecendo. Acho que meu empresário conhecia Joe e mandou uma demo minha a ele, que a produziu. Então nós nos encontramos para desenvolvê-la e gravar os vocais. O Hot Chip é uma grande banda e consegue trilhar um caminho perfeito entre o pop e a maluquice, então nisso eles são, sem dúvida, uma influência para o meu som.
Terra - Falando no Hot Chip, um de seus primeiros vídeos é para uma versão sua da canção Ready For The Floor, usando apenas o tenori-on (gadget musical lançado na Inglaterra que gera música eletrônica e ritmos). Como esse instrumento surgiu para você?
Victoria -
Eu estava trabalhando com um produtor que tinha um tenori-on em seu estúdio, e fiquei imediatamente fascinada. Ele me deixou pegá-lo emprestado, fiquei brincando com ele e imaginando como eu poderia usá-lo para programar canções e fazer alguns vídeos. Foi muito divertido.
Terra - Você é muito comparada a Kylie Minogue. Ela é realmente uma referência sua? Além dela, poderia citar outras influências que moldam seu trabalho?
Victoria -
Eu sou fã da Kylie. Ela é a grande princesa europop de várias maneiras, e acho que eu sou comparada a ela porque nós temos uma voz parecida, e eu adoro escrever canções pop viciantes que se parecem com muitas das músicas dela. Eu quero acreditar que minha música é um pouco mais alternativa e menos mainstream. Talvez se a Kylie saísse para a noite para ser DJ e fazer farra e escrevesse suas canções de ressaca em seu quarto ou em aviões, nós fôssemos mais parecidas!
Terra - Já se passaram três anos desde o lançamento de Hands. O novo álbum tem data para sair? O que podemos esperar desse trabalho?
Victoria -
Estou apenas dando os últimos toques na produção. As canções passaram por muita coisa e foi só neste ano que eu percebi o que era preciso fazer e como eu poderia fazer um álbum que me deixasse feliz. Eu tenho tocado muito como DJ nos últimos anos e isso definitivamente influenciou o som do álbum. Ele tem clima de noite, mas também vários momentos mais melódicos e pop.
Terra - Este ano você já lançou dois singles novos, Every Night I Say a Prayer e Headphones. Como eles têm se saído ao vivo? Pretende tocar mais músicas novas em seu show?
Victoria -
As canções novas têm sido ótimas ao vivo, às vezes até melhor que as antigas!
Prayeré uma música muito pra cima, com uma pausa dramática que todo mundo parece curtir. E
Headphonesé uma faixa disco muito divertida, faz todos dançarem e cantarem junto. Espero que possamos tocar mais algumas canções novas e uma cover também.
Terra - Você vem ao Brasil para tocar em um grande festival. O que acha de se apresentar em eventos desse tipo?
Victoria -
Eu adoro tocar em clubes pequenos e mais íntimos, mas festivais são muito divertidos também. A plateia é maior e as pessoas podem não ter ido para ver o seu show especificamente, então é um desafio tentar conseguir alguns fãs novos. É ótimo que existam grandes eventos como esse na América do Sul, senão ficaria difícil pra gente ir tocar aí. Eu quero ir para o Brasil há tanto tempo!
Terra - O que espera do show no Planeta Terra? E sobre conhecer o Brasil, tem alguma expectativa com relação ao país?
Victoria -
Nós temos muitos fãs do Brasil no Twitter e no Facebook, então estou muito entusiasmada em finalmente tocar para eles. Espero que muitos dos meus fãs consigam ir ao festival e assistir à nossa apresentação. Eu sempre quis visitar o Brasil, então estou muito ansiosa! Ouvi dizer que ninguém dorme por aí... Parece que é meu tipo de lugar!
Transmissão
Com dois sinais simultâneos, um no Sonora Main Stage e outro no Claro Indie Stage, os internautas poderão assistir aos 13 shows do Planeta Terra Festival 2012, ao vivo do Jockey Clube de São Paulo, inclusive por tablets, smartphones e TVs conectadas. A transmissão do Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, será feita para todo o País em HD (ou padrão standard, a depender da velocidade de banda do internauta) e terá duração de aproximadamente 11 horas, a partir das 13h. O evento contará com 12 câmeras, incluindo duas microcâmeras instaladas em cima dos palcos e duas gruas, uma para cada, para a exibição de todos os detalhes dos shows.
Planeta Terra Festival 2012
Data: 20 de outubro de 2012
Local: Jockey Club, São Paulo
Site Oficial: http://musica.terra.com.br/planetaterra
Rádio oficial: http://sonora.terra.com.br/planetaterra
Hashtag oficial: #planetaterra2012
Facebook Oficial: http://www.facebook.com/planetaterrafestival
Twitter oficial: @planeta_terra
Ingressos:
Valores:
Lote 1: R$ 240 / R$ 120 meia (ESGOTADO)
Lote 2 : R$ 290 / R$ 145 meia (ESGOTADO)
Lote 3: R$ 330 / R$ 165 meia
Para obter informações sobre pontos de venda, acesse o link:
Não será permitida a entrada de menores de 18 anos no Festival, nem acompanhados por maiores de idade.
Bilheteria oficial:
(sem cobrança de Taxa de Conveniência)
Estádio do Morumbi - Bilheteria 2
Endereço: Praça Roberto Gomes Pedrosa, S/N - Morumbi
Horário de Funcionamento: de segunda a domingo - das 10h00 às 18h00
Dias de Jogos/Shows: fechado
Formas de pagamento: dinheiro, cartões de crédito Visa, Mastercard, Diners, Amex e cartões de débito Visaelectron e Maestro.
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