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Paul McCartney: 10 coisas que você perdeu se não foi ao show

Com uma disposição invejável e setlist de clássicos, Macca emocionou o público no primeiro show da turnê 'Out There' feito no Allianz Parque, em SP

26 nov 2014 - 07h22
(atualizado em 9/12/2014 às 17h43)
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Foi com uma certa taquicardia que assumi a missão de escrever uma resenha do show de Paul McCartney em São Paulo. A apresentação, a primeira realizada no moderno Allianz Parque, no bairro de Perdizes, seria também a minha estreia frente a frente com Macca, o cara que é sempre tão elogiado por sua disposição de garoto em cima dos palcos e pelo repertório impecável no auge de seus 72 anos. Além, é claro, de ser nada menos do que um Beatle.

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Pouco antes da abertura do primeiro show na capital paulista com a turnê Out There - Paul ainda tem uma segunda performance agendada para quarta-feira (26) - o céu desabou. E assim seguiu a noite inteira, com uma garoa que vinha e voltava a cada música, como se fosse ensaiada. Fenômenos naturais à parte, foi possível entender o que um fã de Macca sente ao vê-lo de perto, com aquele gás todo, durante quase três horas (e 39 músicas) de pura catarse. Por isso que foi fácil listar 10 - que poderiam ser 30 - momentos imperdíveis do espetáculo.

1. O maior showman

Paul pode ensaiar falas, até repetir algumas expressões em palcos diferentes, mas sabe exatamente como medir a emoção de cada plateia. Não existe indiferença em nenhum momento: ele está sempre atento à maneira como o público reage, e sabe jogar com isso. "Oi, Sampa! Boa noite, paulistas! Vamos ter uma festa aqui em São Paulo" é frase comum no seu arsenal, mas mostra como o carisma é sua prioridade. E ainda consegue surpreender com comentários em português como "Aqui tá bombando!" e "Isso está passando na TV, sabiam?".

Foto: Terra

Foto: Osmar Portilho/ Terra

2. Aquele frio na barriga que todo fã merece sentir

Sabe aquela expectativa de assistir àquele show que pode ser um dos melhores da sua vida? Ela está lá, o tempo inteiro, quando você sabe que quem subirá no palco é Paul McCartney. Os mais de 20 minutos de introdução ao show no telão, contando a história do ex-Beatle através de imagens, só colaboram para que a emoção seja ainda maior na hora em que ele entra em cena e pendura no ombro seu baixo Hofner 500/1 e abre as atividades com Eight Days A Week. Daí pra frente, é só manter os olhos e ouvidos bem abertos para aproveitar cada minuto.

3. A chance de ouvir Beatles ao vivo

Sabe aquela música dos Beatles que você sempre imaginou que não pudesse ser melhor ao vivo? Ela pode, porque Paul e sua banda seguem um script rigoroso para tocar clássicos como All My Loving e Eleanor Rigby. Blackbird então, é um show à parte: Paul fica em evidência, podendo ser visto pelo estádio inteiro, em uma estrutura mais alta no palco, logo abaixo de uma lua projetada no telão. Digno de arrepio, assim como Hey Jude, que carrega no coro da plateia grande parte de sua potência e não deixa ninguém esquecer como é escutar um hino ao vivo.

4. Um repertório que não deixa a bola cair

Por mais que a lotação dos banheiros atingisse seu pico durante as músicas mais recentes de Paul, como em Queenie Eye e Everybody Out There, do mais recente New, a sequência de faixas intercala com precisão os clássicos com as novidades. Quando o ritmo parece começar a desacelerar, Paul resgata Paperback Writer e avisa: "Essa é a mesma guitarra que eu toquei no álbum dos anos 60". Ela está tão bem conservada quanto ele.

Foto: Terra

Foto: Osmar Portilho/ Terra

5. A definição do que é um show de arena

Muitos artistas se aventuram em tocar em grandes espaços, como um estádio, mas poucos o fazem com tanta maestria como Macca. Ele consegue fazer com que músicas que nem parecem ter sido feitas para sair dos limites do estúdio ganhem um alcance incrível, como Listen What The Man Said e Let Me Roll It, nas quais um mísero solo de guitarra de Paul faz a plateia elouquecer.

6. A camaradagem dos fãs

Uma das coisas mais impressionantes em um show desses é ver como existem pessoas que, assim você, tinham o compromisso de não perder músicas como Back To The USSR ao vivo, que não conseguem conter a air guitar em Band On The Run e também arriscam alguns passos de dança meio ridículos em I've Just Seen A Face. Fora os casais que aproveitaram o momento de Paul no piano para trocar carinhos debaixo da chuva.

7. Dedicatórias ilustres

Além de dedicar My Valentine - cujo lindo clipe com Natalie Portman e Johhny Depp foi transmitido no telão - à sua esposa, Nancy, Paul lembrou figuras importantes de sua história durante o setlist. A emotiva Here Today, escrita em 1982 na forma de uma conversa entre amigos, foi devidamente tocada em memória de John Lennon ("Para meu amigo John"), enquanto Something ganhou uma versão no ukulele, instrumento que Paul fez questão de observar, "era muito bem tocado por George Harrison".

8. Live And Let Die

Mesmo que você não o tenha entre seus favoritos, no meio de um repertório tão rico quanto o de Paul McCartney, o hit entra no show com um destaque impossível de ser ignorado. Enquanto a maioria das faixas da turnê Out There traz uma série de efeitos de luz e vídeos, Live And Let Die se destaca como a única música em que a pirotecnia entra em cena. Os fogos de artifício no Allianz Parque, aliás, ganharam um brilho especial, graças à estrutura transparente que cobria parte da cobertura do palco e que colaborou para que o efeito fosse ainda mais bonito.

9. A estrutura proporcional ao artista

O palco não gira, Paul não anda por uma passarela no meio da pista, mas está tudo ali: os telões que diminuem a distância de quem não pôde bancar a Pista Premium, um espetáculo de luzes digno de arena e fogos. No caso de São Paulo, a chuva, que poderia ter minado a animação dos fãs, desempenhou um outro papel, deixando a noite ainda mais especial, em um estádio que se mostrou preparado para receber outros grandes shows no futuro. Apesar de ainda não haver um esquema de transporte público mais eficaz, e de algumas inseguranças da organização (normais de em dia de estreia), a missão do Allianz Parque foi cumprida.

10. Bis? Sim, foram dois. E ainda saíram pedindo o terceiro

É quase inacreditável ver que ainda há quem acredite na pegadinha do bis, especialmente nos shows de McCartney, mas quem deixou o Allianz Parque na primeira saída de palco da banda perdeu nada menos do que oito músicas, incluindo Day Tripper, Yesterday e Helter Skelter, todos clássicos dos Beatles. Mas o grand finale mesmo fica por conta da trinca Golden Slumbers, Carry That Weight e The End, cujo verso final deixa o recado mais importante da noite. "And in the end, the love you take is equal to the love you make" (E no fim, o amor que você recebe é igual ao amor que você faz). Um recado de que a dedicação absoluta de Paul no palco aos fãs é proporcional à admiração que ele recebe de volta.

Veja o setlist completo do show de Paul McCartney no Allianz Parque:

Eight Days A Week

Save Us

All My Loving

Listen To What The Man Said

Let Me Roll It

Paperback Writer

My Valentine

Nineteen Hundred And Eighty-Five

The Long And Winding Road

Maybe I'm Amazed

I've Just Seen A Face

We Can Work It Out

Another Day

And I Love Her

Blackbird

Here Today

New

Queenie Eye

Lady Madonna

All Together Now

Lovely Rita

Everybody Out There

Eleanor Rigby

Being For The Benefit Of Mr. Kite!

Someting

Ob-La-Di Ob-La-Da

Band On The Run

Back In The USSR

Let It Be

Live And Let Die

Hey Jude

Bis 1

Day Tripper

Hi, Hi, Hi

I Saw Her Standing There

Bis 2

Yesterday

Helter Skelter

Golden Slumbers

Carry That Weight

The End

Oi Sampa! Paul McCartney recebe o público em português em SP:

Paul abre show em SP com Eight Days a Week, dos Beatles:
Show de Paul McCartney em SP: confira trecho de Save Us:

Fonte: Terra
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