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"Faria sem dúvida", diz Zakk Wylde sobre se reunir com Pantera

23 nov 2012 - 16h21
(atualizado às 16h23)
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Rafael Machtura
Direto de São Paulo

O assunto vai e volta e ambos os lados são favoráveis, mas uma possível volta do Pantera, com Zakk Wylde no lugar de Dimebag Darrell (que morreu em 2004, após ser baleado por um fã no show do Damageplan), ainda não aconteceu. Porém, para o guitarrista e vocalista do Black Label Society, que veio ao Brasil para uma turnê de cinco shows - se apresentam em São Paulo neste domingo (25), no HSBC -, só falta um sim de Phil Anselmo e Vinnie Paul. "Depende deles, se eles me pedirem para fazer parte disso, com certeza ficaria honrado porque amo Dime e faria um tributo ao meu irmão", disse Zakk ao Terra.

De fala rápida e sotaque arrastado, semelhante aos sulistas norte-americanos (mesmo sendo de Nova Jersey, norte do país), o músico é simpático e responde com bom humor todas as perguntas, até as mais simples, como por que voltar ao Brasil com a mesma turnê um ano depois. "Nós nos divertimos tanto aqui ano passado, por que não fazer de novo?", explicou, rindo. Em 2011, o Black Label passou com a turnê de Order of the Black apenas em São Paulo e Porto Alegre. Agora, além dessas duas capitais, a banda também toca em Fortaleza, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - o show de Porto Alegre, que aconteceria nesta terça-feira (20), foi adiado para a sexta-feira (23) porque os equipamentos da banda foram retidos na Alfândega.

Além de Pantera e turnê no Brasil, Zakk comentou sobre a volta de seu lado mais melódico e prometeu para o próximo ano um DVD com versões acústicas do BLS e de seus projetos paralelos, como o Pride & Glory e seu disco solo, Book of Shadows. Sua saúde (em 2009, ele foi hospitalizado com problemas de coagulação no sangue), Elton John, Ozzy e Black Sabbath também entraram na conversa; confira.

Terra - Vocês estiveram no Brasil no ano passado. Por que trazer a turnê de Order of the Black de volta tão rápido?

Zakk Wylde - Nós nos divertimos tanto ano passado, por que não fazer de novo? E nós tivemos um bom tempo aí. Toda vez que fui para a América do Sun, mesmo com o Ozzy, nós fizemos turnês incríveis. Eu digo, todo mundo daí quebra tudo. E a nossa família Black Label tem crescido e crescido a cada ano, por isso que nós divertimos bastante por aí.

Terra - E desde que você deixou de tocar com o Ozzy, em 2009, você se sentiu que teve mais tempo para se dedicar as suas coisas?

Zakk Wylde - Estar com Ozzy nunca foi o problema para fazer minhas coisas. Quando você toca o tempo o todo, você nunca deixa de fazer as coisas. Quando estava com Ozzy, estava 100% comprometido com ele; quando estava com o Black Label, fazia as coisas para o Black Label.

Terra - E perto do fim, o Ozzy disse que as músicas dele estavam muito parecidas com o que o Black Label estava fazendo. Foi isso mesmo?

Zakk Wylde - Ah, claro, é o mesmo gênero musical. Não era como Pride & Glory e depois tocar com o Ozzy, ou fazer um disco de Jazz e tocar com ele. Era praticamente a mesma música.

Terra - E falando sobre o Pride & Glory e sobre seu álbum solo. Quando que você vai voltar a por a mão nesses projetos?

Zakk Wylde - As coisas mais melódicas? Bem, depois que terminarmos essa turnê na América do Sul nós vamos, em 16 de janeiro, gravar e filmar um álbum e DVD com variações acústicas de músicas do Black Label Society, Pride & Glory e The Book of Shadows.

Terra - E sobre a possível volta do Pantera com você na guitarra. você faria?

Zakk Wylde - Isso depende dos caras, se eles me pedirem para fazer parte disso com certeza ficaria honrado de fazer porque amo Dime e faria um tributo ao meu irmão. E eu conheço o Dime, ele ficará do lado do palco gargalhando vendo eu tocar suas coisas. Faria sem dúvida nenhuma, seria uma celebração para o Dime e para as conquistas da banda.

Terra - E você tem falado com o Ozzy sobre a volta do Black Sabbath?

Zakk Wylde - Ozzy e Geezer estão explodindo de alegria. E Tony está melhorando (o guitarrista trata de um linfoma), o que é incrível. E qualquer dia que você tem um novo disco do Black Sabbath é sempre um bom dia, então... (risos).

Terra - Já ouvi que você quis virar músico após ouvir Elton John. É verdade?

Zakk Wylde - Sim, sem dúvida. Eu continuo amando Elton John, sabe, Someone's Final Song e Lucy In The Sky With Diamonds (cover de Beatles) mudaram minha vida, cara.

Terra - E quem mais mudou sua vida?

Zakk Wylde - Randy Rhoads, Ozzy, Black Sabbath, Led Zeppelin e muitos outros músicos que amo, The Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd, Bad Company, John Mclaughlin....

Terra - E como está sua saúde hoje?

Zakk Wylde -Eu estou bem, o que faço é tomar esses afinadores de sangue todo o dia. Isso não mudou minha vida, não é nada grande, eu tomo vitamina todos os dias, então só foi adicionar algumas mais na mistura. Eu também continuo malhando, fazia isso quando bebia e continuo agora que parei. Nada mudou.

Terra - Que bom! Zakk, obrigado pelo papo...

Zakk Wylde - Sem problema, cara, só diga para o resto do pessoal da América do Sul para se manterem fortes, continuem sangrando em nome do Black (keep bleeding and black, em inglês), Deus os abençoe e eu os vejo em breve, meu irmão!

O Black Label Society ainda se apresenta no Rio de Janeiro, no Vivo Rio no dia 24; e em São Paulo, no HSBC Brasil, no dia 25.

"Com certeza ficaria honrado de fazer porque amo Dime e faria um tributo ao meu irmão", disse o líder do Black Label Society
"Com certeza ficaria honrado de fazer porque amo Dime e faria um tributo ao meu irmão", disse o líder do Black Label Society
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Fonte: Terra
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