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Seu Jorge lança o álbum 'Músicas Para Churrasco' em agosto

24 mar 2011 - 07h33
(atualizado às 07h48)
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Kamille Viola
Direto do Rio de Janeiro

Dar filé mignon para as massas. É o que pretende o cantor Seu Jorge, que se apresenta sábado (26), no Circo Voador, com o projeto Almaz, e em agosto lança o CD Músicas para Churrasco - volume 1.

Ouça Seu Jorge grátis no Sonora

"Gosto de investir em outras sonoridades, eu vim para ficar, inscrevi meu nome na música popular para sempre, tá feito. Mas sou um artista popular, eu toco para o povão, que é o meu povão que faz esse meu Brasil", diz Seu Jorge.

Ele acredita que esse mesmo público pode se interessar pelo trabalho que realiza com o Almaz. O projeto é o encontro do cantor com o baterista Pupillo e o guitarrista Lúcio Maia, da Nação Zumbi, e o compositor e produtor Antônio Pinto (no show do Circo, ele será substituído por Dengue, também da Nação). No repertório, clássicos da música brasileira e mundial, de Juízo Final, de Nelson Cavaquinho, a The Model, do grupo alemão Kraftwerk.

"Eles descobriram, já. Gostam de Burguesinha e gostam de Almaz também. Eles gostam quando veem que o nordestino e o negro juntos podem arrancar um suspiro do mundo todo, elogio do New York Times, tocar no programa americano Jools Holland", acredita.

A banda lançou o CD, gravado em 2008, primeiro nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, só fizeram dois shows, em fevereiro, no Oi Futuro Ipanema. Depois da apresentação de sábado, só em setembro, no festival Back 2 Black. "O Roy Ayers (músico e compositor americano) vai tocar com a gente na música dele que nós gravamos (Everybody Loves the Sunshine)", adianta.

Com seu próximo CD solo, no entanto, ele pretende fazer uma grande turnê pelo País. "Vão ser músicas que falam do cotidiano, em três volumes. O primeiro já está quase pronto, vou para Los Angeles dia 4 terminar a mixagem. Tem músicas como A Doida e Amiga da Minha Mulher, é um disco divertido, para tocar no churrasco, para quem gosta de uma pelanquinha, uma coisa suburbana, negroide. Eu venho de lá, sou suburbano do Rio de Janeiro", diz Seu Jorge, irreverente.

Elogiado desde que surgiu no cenário musical, com o grupo Farofa Carioca, ele conquistou o grande público ao gravar o CD e DVD Ana Carolina & Seu Jorge ao Vivo. "Eu sempre quis atingir o povão e a Ana Carolina foi uma pessoa fundamental nesse processo, porque ela é muito querida, muito amada e tocar no rádio ao lado dela foi muito bom, o público dela valorizou meu trabalho, a minha voz. É difícil não me reconhecer. Se eu estou falando o cara reconhece, imagina cantando! Agora, se eu cantar Babalu ou outra coisa me reconhecem da mesma maneira", conta ele.

Música para o mundo todo

Seu Jorge e Almaz surgiu quando os músicos se encontraram para gravar uma faixa para o filme Linha de Passe (2008), de Walter Salles: Juízo Final, de Nelson Cavaquinho. Eles gostaram tanto do resultado que resolveram fazer um CD, produzido por Mario Caldato Jr. e lançado a princípio só nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Meses depois, saiu no Brasil. Entre as 14 faixas, além de Juízo Final, estão músicas bem diferentes entre si, de Rock With You (Michael Jackson) a The Model (Kraftwerk). "O repertório foi escolhido ao mesmo tempo para mostrar pro mundo o quanto de influência eles nos trouxeram e o quanto a gente pode influenciar, nesse momento em que o Brasil vai bem no cenário internacional e a música faz parte desse movimento", acredita Seu Jorge.

"O samba e a bossa nova já são conhecidos em todo o mundo. A sonoridade que estamos propondo é diferente", explica o cantor, que assina a trilha do próximo filme do ator francês Vincent Cassel, no qual também atua.

O cantor afirmou que sua música é para o "povão"
O cantor afirmou que sua música é para o "povão"
Foto: EFE
Fonte: O Dia
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