Graças aos fãs, Vampire Weekend faz show no Rio
- Kamille Viola
- Direto do Rio de Janeiro
Confirmado para se apresentar no Brasil, o grupo nova-iorquino Vampire Weekend iria tocar apenas na cidade gaúcha Atlântida e em São Paulo. Mas logo o público se mobilizou e levantou o dinheiro necessário para trazer a banda ao Rio. O esquema foi o mesmo dos shows de Belle & Sebastian e Mayer Hawthorne: um grupo de produtores, o Queremos, disponibilizou cotas dos custos do show a serem compradas pelos fãs - o que aconteceu com sucesso, e agora o Vampire Weekend se apresenta dia 3 de fevereiro, às 22h30, no Circo Voador (às 21h, tem banda Do Amor).
"Isso é incrível, muito emocionante", sensibiliza-se o baixista Chris Baio, que forma a banda ao lado de Ezra Koenig (vocal e guitarra), Rostam Batmanglij (multiinstrumentista) e Chris Tomson (bateria). "Isso não te deixa esquecer que existem pessoas que querem te ver tocar e quão sortudo você é por isso."
Formado em 2006, o grupo tem apenas dois CDs (Vampire Weekend, de 2008, e Contra, de 2010) e muitos elogios na bagagem. Um dos pontos mais comentados é a influência da música pop africana. "É mais uma influência vaga, não uma espécie de assinatura", minimiza Baio.
O Brasil, ele garante, também contribui para o som do Vampire. "Gosto muito da música pop brasileira dos anos 60 e 70, como Paulo Bagunça e a Tropa Maldita, que tem uma coisa psicodélica. E também o (duo paulista) Blood Shake", diz Baio que, por aqui, quer ir à praia e beber caipirinha, claro.