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EUA: música digital registra 70% da arrecadação fonográfica

23 mar 2016 - 15h20
(atualizado em 24/3/2016 às 17h55)
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A indústria fonográfica dos Estados Unidos continuou sua transição digital em 2015, com mais de 70% das vendas registradas em plataformas digitais e downloads, segundo informou nesta quarta-feira a Associação da Indústria Fonográfica (RIAA).

O faturamento total por direitos autorais aumentou 0,9% no ano passado, até alcançar US$ 7 bilhões, dos quais mais de dois terços foram de serviços de streaming e downloads digitais.

Pela primeira vez, a principal fonte de receita foi a categoria de "streaming", com uma fatia de mercado de 34,3%, através de serviços como Spotify e Apple Music, de rádios como Pandora e SiriusXM e de canais como YouTube e Vevo.

A arrecadação dessa categoria subiu 6% no ano passado, até superar os US$ 2,4 bilhões, à frente dos downloads digitais, que caíram 10% até US$ 2,3 bilhões, e das vendas físicas, que também desceram 10%, até quase US$ 1,9 bilhão.

"Os dados são encorajadores, mas os desafios que enfrentamos são muito significativos porque o consumo de música continua disparando, mas a arrecadação para os artistas não progrediu no mesmo ritmo", declarou em comunicado o presidente da RIAA, Cary Sherman.

O dirigente criticou que, enquanto no ano passado dobrou o consumo de música através de canais gratuitos com anúncios como o YouTube, a receita para a indústria fonográfica através dessas vias aumentou em um ritmo muito menor.

No setor digital também se destacou o notável aumento do número de pessoas que optaram pelos serviços de assinatura paga, que alcançou os 10,8 milhões de clientes, 40% mais que no ano anterior.

A indústria fonográfica também evidenciou o ressurgimento dos discos de vinil, que no ano passado venderam US$ 416 milhões, 32% a mais que em 2014 e em níveis que não eram vistos desde 1988.

No entanto, segundo os dados da associação, ainda continuam muito longe do faturamento obtido pelas vendas de CDs, que em 2015 superaram US$ 1,5 bilhão, 17% a menos que no ano anterior.

EFE   
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