Morte de Michael Jackson completa 3 anos nesta segunda-feira
24 jun2012 - 02h26
(atualizado às 08h25)
Compartilhar
Nesta segunda-feira, dia 25 de junho, se completam três anos da morte de Michael Jackson, momento que quatro de seus irmãos aproveitarão para render-lhe homenagem com uma série de shows através da banda The Jacksons.
The Jacksons - o grupo formado por Marlon, Jermaine, Tito e Jackie, membros de The Jackson 5 junto com Michael - fez na última semana em Ontário (Canadá) uma turnê de shows denominada Unity Tour 2012, que acabará no dia 29 de julho em Washington e que inclui paradas em Los Angeles, Atlanta, Las Vegas e Nova York, entre outras cidades.
Amanhã, no aniversário do falecimento de Michael, tocarão no Fox Theatre de Detroit.
"É um sonho tornado realidade", disse Jackie Jackson em comunicado quando a turnê foi anunciada. "Não posso crer que esteja acontecendo. Não há nada como nos reunirmos todos no palco. Será algo excitante para os fãs de todo o mundo e sei que em cada show o espírito de Michael estará conosco", acrescentou.
Após a morte de Michael, os quatro irmãos apareceram no reality show The Jacksons: The Family Dynasty, que explicava como enfrentaram a perda do famoso artista e como planejaram seu retorno aos palcos.
Michael Jackson deu seus primeiros passos na música com seus irmãos em The Jackson 5, mas foi sozinho que alcançou a categoria de mito.
The Jackson 5 entrou para o Salão da Fama Rock and Roll em 1997, apesar de Marlon, Jermaine, Tito e Jackie não terem alcançado o mesmo sucesso em seus projetos individuais.
Unity é a primeira turnê que reúne os irmãos em um palco desde 1984.
O "rei do pop" morreu no dia 25 de junho de 2009 vítima de uma intoxicação aguda do anestésico propofol, que lhe foi administrado por seu médico pessoal, Conrad Murray, segundo ficou provado no julgamento que terminou com veredicto de culpabilidade em 7 de novembro de 2011.
Três semanas depois, Murray foi condenado a quatro anos de prisão, a pena máxima possível para um caso de homicídio involuntário, segundo decretou o juiz Michael Pastor, da Corte Superior do condado de Los Angeles.
Quase dois anos e meio depois da morte de Michael Jackson, no dia 27 de setembro de 2011, Conrad Murray, médico do cantor, entrou na Corte de Los Angeles como réu
Foto: Getty Images
No julgamento, que durou cinco semanas, 49 testemunhas foram ouvidas e interrogadas pela acusação e defesa. De um lado, a promotoria culpava o médico de negligência ao administrar o remédio, perimtido apenas em hospitais e ambientes controlados. Do outro, a defesa tentava provar que o próprio Michael Jackson teria injetado a dose que o levou à morte
Foto: Getty Images
Com tantas acusações, o resultado do julgamento se deu de acordo com o esperado. Foram dois dias de deliberações a portas fechadas para que o júri, composto por 12 pessoas, considerasse Conrad Murray culpado pelo homicídio involuntário de Michael Jackson
Foto: Getty Images
A acusação se vez valer de uma imagem do artista, em que aparece morto na maca de um hospital, para reforçar suas colocações. O promotor David Walgren também apresentou ligações telefônicas entre Michael e seu ex-médico, nas quais o cantor relatava sua vontade de impressionar os fãs na turnê que faria em Londres
Foto: Getty Images
Ed Chernoff, advogado de defesa de Murray, responsabilizou o próprio cantor pela morte, dizendo que praticava a automedicação do remédio, além de recorrer a um dermatologista em Beverly Hills para aplicar o analgésico Petidina (Demerol), considerado ilegal
Foto: Getty Images
No dia 29 de novembro, o juiz Michael Pastor anunciou a pena máxima para o réu: quatro anos de prisão por ser considerado negligente no tratamento aplicado ao cantor, além de mentir para pessoas próximas sobre seu real estado de saúde e não sentir remorso pelas consequências de seus atos
Foto: Getty Images
Já o chefe do corpo de bombeiros que tentou socorrer o cantor em sua casa, Richard Seneff, lembrou que Murray sequer citou a aplicação de Propofol, apenas mencionou a ingestão de Lorazepam, uma substância que estimula o sono
Foto: Getty Images
Para complicar ainda mais a situação de Conrad Murray, o farmacêutico Tim Lopez, procurado para fornecer cremes para vitiligo, declarou ter vendido ao médico 225 frascos de Propofol entre abril e junho de 2009, totalizando 15,5 litros da substância
Foto: Getty Images
O legista Christopher Rogers, responsável pela autópsia no corpo do cantor, classificou a morte como homicídio e defendeu sua tese apontando a intoxicação provocada pelo consumo de Propofol, agravada por Diazepan e Lorazepam
Foto: Getty Images
O especialista Steven Shafer apontou Murray como responsável por cada gota da substância derramada no quarto do artista
Foto: Getty Images
Os depoimentos das testemunhas somente pioraram a situação de Murray, que não conseguiu se esquivar das declarações e acabou se contradizendo em algumas delas. O assessor pessoal do artista, Michael Amir Williams, relatou que o médico não o pediu para solicitar uma ambulância quando o comunicou sobre o estado de saúde do artista