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Após AVC, cantor Emílio Santiago morre no Rio de Janeiro

20 mar 2013 - 07h22
(atualizado em 1/12/2013 às 17h11)
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Emílio Santiago estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC)
Emílio Santiago estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC)
Foto: Divulgação

O cantor Emílio Santiago, 66 anos, morreu às 6h30 desta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro. Ele estava internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, devido a complicações causadas por um AVC (Acidente Vascular Cerebral). 

O cantor havia sido internado no hospital no dia 7 de março, com um quadro de AVC isquêmico.

O velório acontece a partir das 12h desta quarta, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O espaço foi cedido pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes. O enterro será na quinta-feira (21), no Memorial do Carmo, às 11h.

O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012.

De advogado a cantor de MPB

Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.

Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.

Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.

Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.

Fonte: Terra
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