Max Cavalera diz que Derrick não era certo para o Sepultura
Músico disse à Playboy que vocalista que o substituiu era cópia de Sevendust e que falta de banho afugentava fãs
Quase 19 anos se passaram, mas Max Cavalera, o primeiro vocalista do Sepultura, ainda acha que Derrick Green, seu substituto na banda, não foi a melhor escolha. Em entrevista à Playboy de maio, o músico revelou que considerou a entrada de Derrick um erro: "Para mim, não foi a pessoa certa para a banda. Achei meio cópia de Sevendust, aquelas bandas americanas que botavam um cantor preto num grupo de heavy metal".
Segundo Max, a chegada do norte-americano nos vocais teria servido para ajudar a projeção do guitarrista Andreas Kisser. "Tem gente que acha que é o lance da inveja do Andreas. Ele sempre pentelhava a Gloria [ex-empresária da banda e esposa de Max] para sair nas revistas, porque só colocavam a mim nas capas", teorizou.
Na entrevista, o cantor ainda afirmou que, apesar de não ter se interessado pelo trabalho do Sepultura depois de sua saída, em 1996, ele toparia uma reunião com os antigos membros. No entanto, as negociações não foram para frente até hoje, o que ele atribui ao suposto medo da banda perder a estabilidade. "Não sei se eles têm medo de que, depois que fizermos essa reunião, ninguém mais vai querer vê-los do jeito antigo, com o Derrick".
Lembrando da época com Iggor (hoje também fora da banda), Paulo e Andreas, Max ainda falou sobre o assédio das mulheres no backstage. De acordo com ele, o desleixo dos integrantes da banda afugentava as fãs, que preferiam os roadies. "Ah, nas turnês a gente fedia para c... Acabava o show e eu não queria tomar banho. Até hoje não gosto de tomar banho. Tocamos no Rio ontem e eu ainda não tomei banho. Sempre curti essa coisa de mendigão tosco, de quem não está nem aí para a imagem", contou.
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