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Mark Lanegan faz show atual e linear em volta a SP

Dono de uma das vozes mais marcantes do grunge, norte-americano apresentou repertório dos CDs mais recentes

1 jun 2015 - 18h25
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Músico se apresentou no último sábado (30) no Cine Joia, na capital paulista
Músico se apresentou no último sábado (30) no Cine Joia, na capital paulista
Foto: Divulgação

De novo no palco do Cine Joia, em São Paulo, o sempre enigmático Mark Lanegan voltou a São Paulo para dar aos fãs brasileiros uma boa - e não muito extensa - lista de sucessos de sua carreira solo e seu leque de projetos musicais. Conhecido por ser um dos maiores colaboradores do grunge nas últimas décadas, Mark dividiu seu repertório do último sábado (30), basicamente entre faixas de seu novo álbum, Phantom Radio, lançado neste ano, e do antecessor Blues Funeral.

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Às 23h, sob gritos e aplausos, o músico surgiu do backstage com seu look habitual: jaqueta, camisa preta, jeans, óculos e cabelos desgrenhados. Sem tempo para apresentações, o set teve início com When Your Number Isn't Up, seguida da melancólica Judgement Time, do novo disco. No entanto, os ânimos se agitaram mesmo com Phantasmagoria Blues.

A veia eletrônica do repertório de Lanegan ficou ainda mais evidente com No Bells On Sunday, que apesar do tempo de lançamento já estava ensaiada para o coro do público. Aliás, apesar da tradicional letargia dos shows do músico, que não esboça uma reação durante a performance, muitos foram os fãs que quebraram o silêncio para soltar um grito comemorativo. 

Também de Blues FuneralThe Gravedigger's Song foi um dos hits recebidos com mais calor pelo público. Já sem os óculos e jaqueta, Lanegan mostrou por que é considerado uma das vozes mais ásperas do

desde os anos 90. A rouquidão do vocalista parece não ter limites, diferente de seus movimentos econômicos. Vez ou outra, Mark percorria a plateia com o olhar, sem se fixar em nenhum ponto específico, enquanto os mais animados à beira do palco pareciam buscar por atenção.

A primeira "pérola" antiga veio na forma de One Way Street, do álbum Field Songs, de 2001. Hit The City, do clássico Bubblegum, o álbum de estreia de Mark, veio na sequência, para a satisfação dos fãs de longa data. Ode To Sad Disco Riot In My House inauguraram a parte "dançante" do show, que já se encaminhava para o fim por volta da meia-noite. 

Harborview Hospital trouxe de volta o clima soturno, dando espaço para Floor On The Ocean, cujo refrão mostra o que é de mais marcante nos vocais de Lanegan, que já emprestou seu talento a diversas bandas, como o Screaming Trees, Queens Of The Stone Age e Mad Season. Para o desfecho, Mark reservou a romântica - mas de cortar os pulsos - Torn Red Heart ("You don't love me, what's to love anyway?").

Filha única do Screaming Trees no set, Black Rose Way fechou a noite, seguida da densa Death Trip to Tulsa. O bis, no entanto, veio em questão de segundos. Mark acaba de descer os degraus, quando subiu para encerrar o show com The Killing Season, um bom presente de despedida, mas breve demais para quem esperava mais músicas antes do adeus - aliás, "do até logo". Afinal, o músico distribuiu fotos e autógrafos antes de deixar o Cine Joia.

Fonte: Terra
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