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Madonna pede à Rússia para libertar banda punk em show em Moscou

8 ago 2012 - 09h25
(atualizado em 9/8/2012 às 00h16)
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A cantora pop Madonna vestiu a balaclava, gorro que é a marca registrada da banda punk Pussy Riot, durante um show em Moscou, nesta terça-feira (7), para exigir que a Rússia liberte as três integrantes do grupo que estão sendo julgadas por invadir uma igreja ortodoxa russa e cantar um protesto contra o presidente do país, Vladimir Putin.

A estrela do pop Madonna ofereceu aos fãs um show intimista no famoso teatro Olympia de Paris nessa quinta-feira (26), expressando seu amor por uma França que está aberta a minorias e a artistas
A estrela do pop Madonna ofereceu aos fãs um show intimista no famoso teatro Olympia de Paris nessa quinta-feira (26), expressando seu amor por uma França que está aberta a minorias e a artistas
Foto: AP

A cantora norte-americana também tirou a blusa, mostrando seu sutiã preto e o nome da banda escrito nas costas, em apoio ao protesto da banda punk contra as estreitas ligações entre o presidente e o clero na principal catedral de Moscou.

"Eu sei que existem muitos lados para cada história, e eu não quero desrespeitar a igreja ou o governo, mas acho que essas três meninas - Masha, Katya, Nadya - fizeram algo corajoso", disse Madonna sob aplausos fortes da plateia no estádio Olympiysky de Moscou, na noite de terça-feira. "Eu rezo pela liberdade delas", contou.

Maria Alyokhina, 24 anos, Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, e Yekaterina Samutsevich, 29 anos, podem pegar até três anos de prisão por invadir o altar da Catedral do Cristo Salvador, em 21 de fevereiro, e cantar uma "oração punk", pedindo à Virgem Maria para livrar a Rússia de Putin, que está no poder desde 2000.

Os membros do grupo escondem sua identidade usando balaclavas coloridas durante os protestos. Madonna vestiu uma balaclava preta em um momento durante o show como demonstração de apoio.

Ecoando os comentários que ela fez em entrevista à Reuters antes do show, Madonna deixou claro que acreditava que as mulheres já haviam "pago o preço", depois de passar cinco meses sob custódia desde a sua prisão.

"Eu sei que todos neste auditório, se estão aqui como meus fãs, sentem que elas têm o direito de ser livres", disse.

O caso é visto pela oposição como parte de uma ampla repressão de Putin contra a dissidência, após os maiores protestos desde que ele subiu ao poder em 2000, incluindo o endurecimento das normas sobre a Internet e o aumento da multa para manifestantes.

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