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Lollapalooza

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Lollapalooza: veja o melhor e pior do que rolou no festival

Saiba os erros e acertos dos dois dias de festival no Autódromo de Interlagos

30 mar 2015 - 02h48
(atualizado em 15/3/2019 às 16h56)
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O Lollapalooza 2015 chegou ao fim. Em sua segunda edição realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o festival pareceu mais adaptado à nova casa e deixou de lado alguns problemas do último ano. Mesmo com a carga de 136 mil pessoas nos dias 28 e 29 de março, número bem parecido com o de 2014, a mobilidade não apresentou problemas e a circulação entre os palcos ficou livre, ainda que distante, possivelmente pelo line-up mais homogêneo. Mas alguns quesitos deixaram a desejar, como shows cancelados aos 45 do segundo tempo e a moeda oficial do Lolla, que equivalia a R$ 2,50 e acabou iludindo o público. Veja os altos e baixos do festival.

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PONTOS ALTOS

Line-up estratégico

Apesar de muitos questionarem o potencial - e não o valor - Smashing Pumpkins como headliner, e se decepcionarem com a curta duração do show de Pharrell Williams, a programação do Lolla foi bem pensada. Em mais de uma ocasião, o público até aproveitou os momentos longos de "janela" entre shows interessantes para conferir algumas ações ou visitar o Chef Stage.

Comida variada

Pão com linguiça e chimichurri - 6 mangos (R$ 15)
Pão com linguiça e chimichurri - 6 mangos (R$ 15)
Foto: Osmar Portilho / Terra

Para quem só costuma comer amendoim e minipizza em dia de show, o Lollapalooza trouxe o Chef’ Stage, um espaço com mais de 20 estandes com várias opções gastronômicas, além de 40 foodtrucks espalhados pelo Autódromo de Interlagos. Entre as opções, baião de dois, risoto toscana, cachorro-quente, brownies, estrogonofe, fondue mexicano e até bacalhau. No quesito variedade, ponto para a organização que ofereceu comida gostosa e muito mais opções que na última edição. 

Circulação

Mesmo com a carga bem parecida com a ano passado, com 136 mil pessoas divididas nos dois dias de evento, a circulação do Lollapalooza melhorou muito. Em 2014, o público teve problemas com a mobilidade entre os palcos, o que gerou caos e empurra-empurra nos horários mais próximos das atrações principais. Algumas pessoas, inclusive, foram barradas de entrar no evento. Dessa vez, foi mais tranquilo transitar pelo festival, provavelmente pelo line-up mais homogêneo, que dividia o público entre os palcos em vez de concentrar todo mundo em um único show.

Capricho nos palcos menores

Foto: T4F / Divulgação

Destinado às atrações com menos público, o Palco Perry recebeu um tratamento especial na edição do Lollapalooza de 2015. Foi ele que recebeu, aliás, o show enérgico do rapper Childish Gambino na noite de domingo, enquanto a maior parte do público se dividia entre os palcos Skol e Axe, onde Pharrell e Smashing Pumpkins fechariam o festival, respectivamente. Assim como a tenda eletrônica, a área recebeu uma iluminação mais caprichada do que a edição anterior e até pirotecnia.

PONTOS BAIXOS

Distância entre palcos

Se o calor marcou o primeiro dia do Lollapalooza, em São Paulo, no segundo dia do festival o Autódromo de Interlagos foi tomado pela chuva, que não foi suficiente para esfriar os ânimos dos fãs de Foster the People, Interpol e Pharrell Williams.
Se o calor marcou o primeiro dia do Lollapalooza, em São Paulo, no segundo dia do festival o Autódromo de Interlagos foi tomado pela chuva, que não foi suficiente para esfriar os ânimos dos fãs de Foster the People, Interpol e Pharrell Williams.
Foto: Osmar Portilho / Terra

A reclamação não é novidade. Essa foi a segunda edição do Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, que tem um bom espaço para comportar os quatro palcos, mas demanda fôlego - muito fôlego - de quem passa o fim de semana inteiro andando para conseguir assistir todas ou boa parte das atrações. A distância entre os palcos Axe e Onix chegava a 2,5 km, com muitas curvas, subidas e descidas. Da primeira vez até vai, mas no fim do dia o percurso vale mais que umas boas horas na academia. Sem dúvida, o trajeto faz mais sentido para carros de Fórmula 1.

Pegadinha dos “mangos”

É utópico pensar que os preços dentro de um festival serão similares aos fora dele. É preciso estar preparado para gastar um pouco mais, por isso muita gente se surpreendeu ao encontrar um pedaço de pizza por “6 mangos” e um copo de cerveja por “4 mangos”, que a princípio só parecia um jeito descolado de dizer “6 e 4 reais”, mas não era. O Lollapalooza criou uma moeda oficial, o Lolla Mangos, com o “objetivo de evitar filas, otimizar o tempo e proporcionar mais conforto”. A pegadinha é que cada mango equivalia a R$ 2,50. Então o combo de pizza com cerveja custava, na verdade, R$ 25. Foi um jeito “mascarado” de fazer com que os preços parecessem menores do que realmente eram, além de obrigar o público a fazer contas e converter tudo o tempo todo na boca do caixa. Para piorar, as máquinas de cartão de crédito deixaram de funcionar, o que significa que quem não levou muito dinheiro no bolso, bebeu e comeu bem menos do que gostaria.

Shows cancelados

Foto: Getty Images

Todo festival conta com o risco de cancelamentos, mas a surpresa é sempre uma decepção para os fãs. Na edição de 2015, a primeira mudança no line-up ficou por conta do projeto musical de Aaron Jerome, SBTRKT, que foi substituído pela banda irlandesa Kodaline. Às vésperas do festival, o Kodaline também anunciou sua desistência, e assim Marcelo D2 foi anuciado como segundo substituto. O cancelamento mais sentido pelos fãs, no entanto, foi de Marina and The Diamonds, que informou sua saída no line-up um dia antes do show e deixou um número enorme de fãs lamentando sua ausência - e pedindo o reembolso parcial do ingresso.

Higiene pode melhorar

Além do cheiro forte exalado pelos banheiros químicos próximos aos palcos, que pelo lado bom evitaram filas em outras áreas do festival, um outro detalhe incomodou quem passava pelas áreas de food trucks e afins: a sujeira no chão. Apesar de uma boa quantidade de lixeiras estrategicamente posicionados, não foram raras as vezes em que, no caminho de um show para o outro, você se deparasse com restos de comida no chão.

Fonte: Terra
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