PUBLICIDADE

Lollapalooza Chile, tão longe de Woodstock e tão perto do YouTube

15 mar 2015 - 03h32
(atualizado às 03h32)
Compartilhar
Exibir comentários

O Lollapalooza Chile começou neste sábado com grupos e artistas locais e estrangeiros que evidenciaram que o festival, em sua quinta edição, é uma realização jovem, global e multimídia, cada vez mais longe de Woodstock e mais perto do YouTube.

E a prova foi dada neste sábado com duas atuações completamente opostas, mas que se completaram. Por um lado Jack White, o vocalista do White Stripes, e por outro, Skrillex, o grande imperador do dubstep dos últimos tempos.

Foi um duelo entre um dos músicos mais reconhecidos da década passada, fiel herdeiro do blues rock, um dos headliners do festival, e o DJ e produtor californiano.

Skrillex, cujo verdadeiro nome é Sonny Moore, acendeu a primeira noite do Lollapalooza Chile com sua palpitante pirotecnia musical de origens extraterrestres pilotando o espetáculo do alto de uma colossal cabine que parecia realmente uma nave.

Pouco antes, The Smashing Pumpkins, um dos grandes ícones do rock alternativo dos anos 90, tinha se apresentado em um dos seis palcos do festival com uma nova formação, com a qual Billy Corgan conseguiu imprimir à banda de Chicago mais versatilidade.

Após um ano de descanso o grupo, nascido em Illinois em 1988, voltou aos palcos para apresentar seu último trabalho, "Monuments to an Elegy", lançado em dezembro do ano passado, após o sucesso de "Oceania" (2012).

Para essa tour Corgan reuniu o ex-baterista do Rage Against the Machine, Brad Wilk, e o baixista do Killers, Mark Stoermer, uma combinação que demonstrou esta noite ter sido um acerto.

Cinco anos após seu primeiro show no Chile, o Smashing Pumpkins abriu fogo no no Lollapalooza com "One and All (We Are)" e continuou a apresentação a base de clássicos como "Bullet Whit Butterfly Wings", "1979", "Disarm", e canções recentes "Being Bege" e "One and All (We Are).

Não faltaram ritmos étnicos e folclóricos no Lollapalooza, a cargo das bandas locais Congreso e Matanza e das cantoras Camila Moreno e Ana Tijoux, representantes de uma corrente musical que combina o pop e o hip-hop com a eletrônica e a tradicional música chilena.

A fusão entre o tradicional e o contemporâneo, a música latino-americana interpretada com sintetizadores funcionou à perfeição para um público que não escutaria Víctor Jara ou Violeta Parra sobre uma base de beats eletrônicos.

Mas o Lollapalooza é, sobretudo, a vitrine onde estão expostas as peças mais valiosas do universo indie rock do momento, como TheKooks e Foster the People.

Nove anos após conceber "Naive", um dos hinos do olimpo musical britânico dos últimos tempos, a banda de Brighton, liderada pelo vocalista e guitarra Luke Pritchard, demonstrou hoje no Chile que ainda são capazes de fazer o público vibrar com seus hits de influência sessentista e novas canções que tem um rejuvenescido espírito multicultural.

Com esse show, o terceiro no Chile, a banda, que nos últimos anos não tinha sido recebida com muito entusiasmo pela crítica, mostrou ao público do Lollapalooza que a energia wem cima do palco continua a mesma.

Já o trio Foster the People retornou ao Lollapalooza pelo segundo ano consecutivo com a intenção de repetir o sucesso da edição anterior.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade