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Linkin Park chega ao Brasil honrando o passado e projetando futuro

5 out 2012 - 13h24
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Tiago Agostini

Sucesso não é um problema para o Linkin Park. A banda chega ao Brasil neste final de semana para quatro shows - São Paulo, na Arena Anhembi, neste domingo (7), Rio de Janeiro, no Citibank Hall, nos dias 8 e 10, e em Porto Alegre, no Ginásio do Gigantinho, no dia 12 - divulgando seu sexto disco, Living Things, o quinto a chegar ao topo da Billboard nos Estados Unidos. Nada que assuste Mike Shinoda, vocalista da banda. "Não nos preocupamos (com vendas de discos). Quando entramos em estúdio, nossa prioridade é fazer um álbum que todos na banda gostem", disse, em entrevista ao Terra.

Living Things é, segundo Shinoda, uma espécie de passeio pela discografia da banda. "Para entendê-lo, é preciso entender a nossa história." Para isso, eles se reuniram em estúdio mais uma vez com o produtor Rick Rubin, para transformar as diversas ideias e gostos sonoros em uma fórmula única. "Tínhamos um desejo de fazer muitas coisas diferentes, e queríamos algo que trouxesse tudo junto, sem nos repetir. Olhar para nossa história, mas projetando o futuro."

Confira a entrevista completa com Mike Shinoda

Terra: Quanto tempo vocês demoraram gravando o disco?

Mike Shinoda: não sei se conseguimos definir, porque gravávamos, compunhámos e estávamos em turnê ao mesmo tempo. Mas foi muito rápido, estávamos muito inspirados e chegávamos ao ponto que queríamos muito fácil.

Terra: vocês compõem durante a turnê

Shinoda: sim, componho o tempo todo. Se você me seguir no Twitter ou no Facebook, pode ver fotos e videos de quando estou compondo, no carro, por exemplo.

Terra: quando você coloca essas coisas no Twitter e Facebook os fâs respondem? Você considera o que eles dizem?

Shinoda: eu não gosto de dar às pessoas áudio ou letras, acho que estraga a surpresa.

Terra: por que vocês escolheram o Rick Rubin como produtor de novo? Ele é o melhor produtor do mundo?

Shinoda: escolher um produtor é subjetivo, de acordo com a fase da sua carreira. No nosso caso, Rick era o cara certo para produzir este álbum. Um dos nosso focos era misturar muitos estilos. Antes de nos chamarmos Linkin Park nos chamávamos Hybrid Theory, e o híbrido do nome é que todos nós tínhamos gostos diferentes na música e não queríamos juntá-las de qualquer forma. Rick é bom porque tem experiência produzindo muitos artistas diferentes. Quando conversamos no estúdio sobre novos discos e possibilidades de gravação, alguns produtores não entendem o que queremos. Com o Rick, em qualquer momento, estaremos todos no mesmo lugar da discussão.

Terra: em entrevistas, você falou que queria um "novo som" em Living Things. Como você descreve esse novo som?

Shinoda: para entender Living Things é preciso entender a história da banda. Os dois primeiros discos tinham a mesma sonoridade, foram nossa introdução ao mundo. Quando terminamos eles, percebemos que se fizéssemos outro álbum como aqueles estaríamos presos fazendo a mesma coisa para sempre. Então no terceiro disco demos uma virada para fazer algo que mostrasse as diferentes sonoridades que gostamos. Nosso último álbum foi conceitual, feito para ir tão longe quanto possível em uma única direção. Apenas fomos experimentando sem parar, até conseguirmos o que queríamos. Depois dele, sentimos que tínhamos um desejo de fazer muitas coisas diferentes, e queríamos algo que trouxesse tudo junto, sem nos repetir. Olhar para nossa história, mas olhando para o futuro. É dai que vem Living Thing.

Terra: fora Hybrid Theory, todos seus discos foram nº 1 nos Estados Unidos. Isso dá confiança para experimentar, sem medo de que os fãs vão rejeitar a banda?

Shinoda: podemos pensar que, como temos uma base boa de fãs não precisamos nos preocupar, fazer algo muito maluco que os fãs vão comprar mesmo assim, ou então podemos pensar que temos uma grande base de fãs que esperam que façamos uma certa coisa, e se não for aquilo eles não vão comprar. No final do dia, para nós, não é uma questão de os fãs comprarem ou não, não nos preocupamos com isso. Quando entramos em estúdio, nossa prioridade é fazer um álbum que todos na banda gostem, e isso é mais importante que a posição nas paradas. Me importo com o que os fãs pensam, mas primeiro tem que ser uma música que nós amamos.

Terra: Living Things é um disco mais pessoal?

Shinoda: acho que todos nossos discos são pessoais. todas nossas músicas vêm de um lugar natural. Mesmo o último álbum, que foi conceitual, ainda possui personalidade, aindaé sobre o que eu penso. Não acordamos com uma ideia e resolvemos escrever uma música, não determinamos previamente que vamos escrever uma música sobre uma ex. Nós sentamos sem saber sobre o que vamos escrever, para onde a inspiração nos levar é para onde iremos. Nesse álbum tivemos mais inspirações pessoais do que nos últimos discos, mas eu não acho que seja mais do que outros.

Terra: como as mudanças no som afetam os shows e o que os fãs podem esperar das apresentações?

Shinoda: estamos animados por voltar ao Brasil. o último álbum tem muita energia e isso nos permite levar uma boa performance ao palco. A recepção do público no Twitter e Facebook tem sido muito boa, então isso nos deixa animado. Sempre nos divertimos muito no Brasil, então estamos ansiosos.

Em entrevista ao Terra, Mike Shinoda garantiu que a prioridade da banda é agradar aos fãs
Em entrevista ao Terra, Mike Shinoda garantiu que a prioridade da banda é agradar aos fãs
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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