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Leiloca Pantoja: "sempre procuro a energia da Disco nos meus sets"

5 dez 2012 - 06h58
(atualizado às 17h04)
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Felipe Tringoni

Leiloca Pantoja é uma figura única na cena musical. Trazendo para as pistas uma combinação inspirada nos anos 1970 e 80, com base em disco music, new wave e house, e um visual baseado em ícones fashion da época, Edwin Paladino, 37, montou seu alter ego e há cinco anos embala festas Brasil afora como Leiloca, sempre com o indefectível estilo que virou sua marca registrada.

O programa Vida de DJ, que mostra um pouco da rotina dos principais profissionais brasileiros das picapes, passou um dia com Edwin e testemunhou sua transformação na personagem que encarna nas noites de discotecagem. Depois de receber nossa equipe em sua casa, em São Paulo, fez um passeio atrás de novidades musicais nas grandes galerias do centro paulistano, mostrou detalhes da preparação de seus sets e de seu visual único para uma noite de apresentação no clube D-Edge, na zona oeste da cidade.

"Não demoro muito. Em meia hora, quarenta minutos eu volto", disse à nossa equipe antes de partir para o banho. Dito e feito: apareceu até antes disso, preparadíssima para a balada. Leiloca adora falar sobre seu estilo e tudo que a inspira. "Tudo que se refere à moda do final dos anos 1970 e muito dos 1980, Yves Saint Laurent, Deborah Harry, Morgan Fairchild, Revista Playboy, Sandra Bréa, Tom Ford, Studio 54, Le Palace de Paris, street wear...".

Antes de se montar como Leiloca, Edwin mostrou detalhes de seu guarda-roupa, perucas, sapatos, assessórios e tudo que gosta de incorporar em seu look. Também mostrou sua coleção de CDs, e fez questão de apresentar um disco pelo qual guarda um carinho especial. "É um vinil prateado, da rádio Jovem Pan 2, que meu pai comprou em 1979, 1980, que tem Come to Me, da France Joli, Never Gonna Say Goodbye, do Poussez!, e Mainline, do Black Ivory. Eu dançava muito com estas músicas", lembra.

De lá para as noites como Leiloca Pantoja o caminho foi longo. "O nome surgiu quando eu tinha 17 anos. Em 2002, comecei a tocar como DJ Paladino em festas, bares e clubes. Como sempre gostei de shows de transformistas e travestis, resolvi me vestir de mulher e sair por aí. Então meu amigo Nenê Krawitz me convidou pra tocar montado na festa dele na A Lôca (clube de São Paulo). A primeira apresentação foi uma delícia, e ali percebi o que eu realmente gosto de fazer". Desde então, não parou mais.

Sobre sua principal paixão, ela conta que "desde criança ouvi muita música, e minhas primeiras lembranças vêm de quando a Disco Music tocava nas rádios, nas novelas e nas matinês", conta sobre sua maior influência. "É a música que sempre gostei de ouvir e dançar. Adoro ver as pessoas dançando, e isso fica evidente quando eu toco. Pode ser uma música antiga ou novíssima, sempre procuro essa energia da Disco nos meus sets", revela Leiloca, que durante as gravações também se revelou grande fã de outros estilos."A Italo Disco, o Electro e o Rock and Roll também são influências de que eu gosto muito. E além de bilhões de músicas que pesquiso pra tocar nas festas, eu ouço muito Rita Lee, Marina Lima, Gal Costa, Angela Ro Ro e Elis Regina. Amo!".

DJ Leiloca Pantoja:
Fonte: Terra
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