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Ícone do funk, George Clinton faz público dançar na Virada Cultural

19 mai 2013 - 06h04
(atualizado às 08h36)
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<p>Apesar dos 71 anos - e das mais de cinco décadas de carreira -, Clinton segue sendo uma figura bastante divertida em sua apresentação</p>
Apesar dos 71 anos - e das mais de cinco décadas de carreira -, Clinton segue sendo uma figura bastante divertida em sua apresentação
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

Depois de receber o axé de Daniela Mercury, a MPB de Gal Gosta e o hip-hop do Black Star, o Palco Júlio Prestes viu sua pista tomada pelo funk, na madrugada deste domingo (19), na Virada Cultural de São Paulo. Quem se apresentou no local foi o ícone do estilo norte-americano George Clinton.

Pouco antes das 3h, o espaço tinha poucos presentes, dada até a certa distância do palco para os outros do evento. Mas o início da apresentação do músico, considerado um dos mais influentes do funk mundial, com canções bastante ritmadas, executadas por uma banda com mais de uma dezena de integrantes, aos poucos foi atraindo uma multidão.

Irreverente, Clinton subiu ao palco com vestimentas sóbrias, bem distantes daquelas coloridas e repletas de apetrechos com as quais seus fãs se acostumaram: terno claro e um chapéu preto. Mas o sorriso característico e a simpatia mostravam claramente que era ele mesmo ali.             

Apesar dos 71 anos - e das mais de cinco décadas de carreira -, Clinton segue sendo uma figura bastante divertida em sua apresentação. Pula, arrisca passos de dança, caminha entre os músicos. Carismático, procura demonstrar atenção ao público o tempo todo, apontando, acenando com as mãos, mandando beijos.

Em dado momento, chegou a se agachar próximo a uma fã que cantava encostada no palco e lhe deu o microfone nas mãos, para que pudesse mostrar um pouco sua voz. Observou tudo atentamente, pedindo aos fãs por aplausos na sequência.

Procurando manter um tom jovial na apresentação, também convidou sua neta Shona ao palco para dar uma palhinha de rap, durante a qual agitou, jogando os braços para cima e para baixo, como é tão típico do hip-hop, gesto repetido pelos milhares de presentes na pista.

Além disso, Sir Nose, um jovem de cabelos longos com pose e roupas de cafetão - calças e jaqueta com plumas brancas e um gigantesco chapéu de penas - procurava dar o tom mais visual ao show, plantando bananeiras, dando saltos e inventando passos de dança complexos.

Ao longo do repertório de 1h30, em que não faltaram sucessos como Atomic Dog, We Want the Funk e Flash Light, Clinton foi acompanhado pela P-Funk All Stars, banda que reúne une integrantes dos grupos Parliament e Funkadelic, liderados pelo músico no passado.

O número de integrantes da P-Funk, por sinal, é uma das coisas que mais chamavam a atenção do público à distância: nada menos do que 15 integrantes, sendo sete backing vocals, três guitarristas, dois tecladistas, um saxofonista, um trompetista e um baterista. 

Brincalhão, Clinton ainda aproveitou o final da apresentação para arriscar uma dança sensual com uma de suas convidadas de palco. Enquanto Sir Nose fazia com a cintura movimentos para frente e para trás em uma garota, o músico, empolgado, repetia o mesmo na frente dela - deixando-a em um sanduíche funk.

O show, com bastante ênfase na parte instrumental - Clinton, de fato, pouco cantou, considerando o repertório geral -, terminou com os músicos, lado a lado, repetindo os mesmos passos. E o público, contagiado com a alegria do ritmo, entrando na dança.

Fonte: Terra
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