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Hudson sobre armas: "fui ingênuo e me fizeram de trouxa"

21 mar 2013 - 12h20
(atualizado às 12h40)
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Em carta aberta à imprensa, divulgada na manhã desta quinta-feira (21), o cantor Hudson pediu desculpas aos fãs e diz que foi ingênuo ao manter armas de fogo sem registro.

Em certo momento da carta, Hudson sugere que as armas não registradas foram “presentes de grego”. “E por pura ingenuidade, mantive na minha casa presentes dados por pessoas que procuravam me agradar e se aproximar de mim e que se diziam minhas amigas, mas que no fim acabaram me prejudicando”, escreveu. O cantor também contou que tem paixão por carros antigos e armas de fogo, dizendo que é uma “coisas de adolescência tardia”.

Porém, Hudson reconhece seu erro, disse estar arrependendido e quer voltar a trabalhar o quanto antes.

Entenda o caso

O cantor Hudson, da dupla sertaneja Edson e Hudson, está preso em Limeira, no interior de São Paulo, por porte ilegal de armas. Ele foi detido duas vezes na última quarta-feira (20), por duas denúncias diferentes.

Na primeira vez, ele foi denunciado pela mulher, que alegou ter sofrido ameaças cantor. Segundo ela, Hudson ainda que iria até sua residência para retirar um veículo que havia dado de presente à filha. Ao chegar ao local, ele foi abordado pela polícia que encontrou um revólver 38, uma pistola 380, duas facas e um soco inglês em seu carro.

A segunda denúncia, anônima, fez com que a polícia pedisse um mandado de busca e apreensão na casa dele. Lá, as autoridades encontraram mais armamento e munições de uso restrito das Forças Armadas, além de substância que poderia ser maconha.

Leia a carta na íntegra:

Aos amigos, fãs e a quem mais possa interessar:

Primeiramente, queria pedir desculpas e dizer que estou desde manhã tentando escrever pra vocês, mas realmente foi impossível e só consegui fazer isso agora com a ajuda do meu advogado e dos meus empresários.

Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa pacífica, do bem. Quando não estou trabalhando gosto de ficar em casa com minha família, meus amigos, compondo, tocando, cozinhando e jogando conversa fora. Enfim, coisas normais que a maioria das pessoas do bem e de Deus gosta de fazer.

Por isso, primeiramente, gostaria de dizer que jamais sairia da minha casa, no meio de uma madrugada, na intenção de tirar satisfação com alguém, muito menos pensar em me armar com objetivo de ameaçar quem quer que fosse. Assumo que também erro, porque tenho defeitos como qualquer pessoa, mas sei reconhecê-los e tento aprender a cada dia como me tornar um ser humano melhor. Na minha opinião, é o que todo homem deveria fazer.

Um desses erros, que foi a gota d'agua de tudo que estou passando agora, foi não ter retornado imediatamente para minha casa no momento em que percebi que havia deixado arma de fogo dentro do meu carro. Me arrependo por isso do fundo da minha alma, afinal hoje penso que não custava nada ter feito o retorno e ter devolvido para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Esse fato não tem ligação com mais nada, a não ser unicamente com um ato irresponsável e desligado da minha parte. Reconheço. Outro erro foi ter sido ingênuo, diria até mesmo bobo,  por ter confiado em pessoas que não mereciam e que me fizeram de trouxa me presenteando com verdadeiros "presentes de grego". E eu, no alto da minha "auto-confiança", achava que tudo era perfeitamente "normal" e legal.

Quem me conhece sabe que tenho paixão por colecionar carros antigos e pela prática de tiro ao alvo. Então não preciso nem dizer o que penso em relação a tudo que envolve armas. É coisa de adolescência tardia mesmo (qual "garoto" não gosta de armas e carros?). Afinal tenho trabalho duro desde os meus 6 anos de idade sem parar.

Assim como meus carros, as armas que comprei estavam totalmente dentro da lei, ou seja, registradas e devidamente legalizadas, mas é claro que isso não pode servir de desculpa para simplesmente deixá-las dentro do carro ou transportá-las. Falta de atenção e irresponsabilidade minha. E por pura ingenuidade, mantive na minha casa presentes dados por pessoas que procuravam me agradar e se aproximar de mim e que se diziam minhas amigas, mas que no fim acabaram me prejudicando. Vivendo e aprendendo.

Queria deixar claro que assumo meus erros, respondo por eles e me arrependo amargamente. Não quero que isso se repita (e não vai se repetir!). Peço perdão do fundo do meu coração para aqueles que tenham se sentido incomodados de alguma forma, para aqueles que gostam de mim, que torcem por mim, para meus fãs e familiares, afinal muitos me vêem como um exemplo.

Há males que vem para o bem e que vem para nos ensinar e nos tornar pessoas melhores.

Só quero continuar trabalhando em paz, fazendo o que mais amo: música. E é claro continuar falando só dela.

Obrigado pela atenção,

Hudson Cadorini

Fonte: Terra
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