Grupo da Anistia Internacional tenta conscientizar fãs do U2
- Carol Almeida
- Direto de São Paulo
O momento mais político e engajado da turnê 360º que o U2 agora apresenta no Brasil acontece quando a banda menciona o nome de Aung San Suu Kyi - "Ela está para a Ásia como Mandela está para a África", explica Bono -, a mulher que passou 15 anos em prisão domiciliar depois de ganhar as eleições da antiga Birmânia, hojel Mianmar, em 1990. Nesse momento, começam os primeiros acordes de Walk On e jovens da Anistia Internacional sobem ao palco com velas. É um momento de sorriso de canto a canto entre esses voluntários. Mas eles, definitivamente, não estão ali (só) para o espetáculo. O trabalho, realmente, está do lado de fora do Morumbi.
Terra transmite ao vivo em áudio o show do U2 nesta quarta-feira
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Os voluntários que sobem todas as noites ao palco e ficam ali, bem pertinho do quarteto irlandês, são escolhidos em sorteios pelo grupo de 30 integrantes da Anistia Internacional que viaja com a banda agora pela América Latina e que, bem mais do que aparecer sob a luz dos holofotes, tentam fazer um trabalho de formiguinha bem antes do show começar, conseguindo assinaturas para uma campanha internacional que pede proteção da tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul. A meta é conseguir mais de 5 mil adesões do público presente.
Ainda que não possam ser identificados - "Não deveríamos conversar com a imprensa" - os participantes da campanha ficam feliz em falar sobre a causa e Lucy, uma inglesa que preferiu não falar o sobrenome e coordena o grupo no Brasil, admite que, quando você é sorteado para subir ao palco com a banda, a sensação é uma só: "É muito incrível".
