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Foo Fighters: 10 motivos que fazem esta turnê imperdível

Banda americana liderada por Dave Grohl fez neste domingo, no Maracanã, no Rio de Janeiro, sua terceira apresentação da turnê pelo Brasil – a primeira fora de grandes festivais. O FF fecha sua terceira passagem pelo País nesta quarta-feira, em Belo Horizonte

27 jan 2015 - 15h24
(atualizado às 16h16)
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Dave Grohl se apresenta com o  Foo Fighters no Maracanã, no Rio de Janeiro
Dave Grohl se apresenta com o Foo Fighters no Maracanã, no Rio de Janeiro
Foto: Carlos Monteiro / Futura Press

Dave Grohl e companhia fizeram o terceiro show da terceira passagem do Foo Fighters pelo Brasil na noite do último domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A reportagem do Terra, ao invés da clássica resenha, preferiu listar 10 motivos pelo qual não só valeu a pena ter visto uma vez mais os caras por aqui – como cita as razões para quem quiser conferir in loco a apresentação da banda norte-americana na próxima quarta-feira, em Belo Horizonte, no fechamento da turnê brasileira, a primeira realizada fora de grandes festivais – como ocorreu no Rock in Rio (2001) e Lollapalooza (2012).

Bons aperitivos

Com o cacife de grande banda da atualidade conquistado ao longo de 20 anos de carreira, os Foo Fighters bem poderiam apenas fazer o fã chegar cedo ao estádio para um bom lugar no gargarejo e ficar lá, mofando, por horas e horas – ao som apenas de um DJ fantasma.

Só que os caras, primeiramente, deram uma grande oportunidade para o Raimundos – de Digão e Canisso, ironicamente ou não, talvez a maior banda de rock nacional dos anos 90 que deixa muitos ‘trintões’ saudosos, justamente aqueles que também têm no Nirvana uma de suas grandes referências. Pegou? Sem dizer que o Kaiser Chiefs, com um punhado de cinco ou seis bons hits, também deixa a sensação de que o ingresso valeu ainda mais a pena.

Foo Fighters tem ainda mais uma apresentação na turnê: Belo Horizonte nesta quarta-feira (28)
Foo Fighters tem ainda mais uma apresentação na turnê: Belo Horizonte nesta quarta-feira (28)
Foto: Carlos Monteiro / Futura Press

Encontro de gerações

Por mais que Dave Grohl muita vezes mais pareça um adolescente no palco, a ponto de soltar um sonoro arroto da maneira mais natural possível e ainda arrancar aplaudos da galera, o Foo Fighters já somam 20 anos de estrada. E isso não para qualquer um.

Nesta terceira passagem pelo Brasil, a sensação é de mistura de duas gerações na plateia. Tudo bem que eles não arrebatam ‘setentões’ como Paul McCartney, por exemplo, mas é nítida a mistura entre os ‘trintões e quarentões’, que mesmo com a camisa do Nirvana, aprenderam a admirar o projeto de Grohl, junto de adolescentes frenéticos. No Rio de Janeiro, a imagem de um garoto ao redor dos 12 anos, provavelmente, erguido pelo pai, e cantando fervorosamente o hit All My Life chamou a atenção da reportagem.

“Sim”

Que show de rock n’ roll no mundo você já viu um pedido de casamento, ao vivo e a cores, acontecer para o delírio da plateia? Pois no Morumbi, em São Paulo, Dave Grohl não só permitiu o sonho de um agora noivo corajoso, como ainda mandou essa: “Se vocês querem se casar, venham para um show do Foo Fighters”.

Mais comercial? Sim, e daí?

Muita gente criticou o fato de os Foo Fighters terem lançado seu oitavo álbum mais no estilo no comercial. Sonic Highways foi concebido e gravado ao longo de uma turnê por oito estados americanos – de onde tiraram as influências locais nas composições.

O fato é que, no palco e ensandecidos, os integrantes da banda têm repertório para aniquilar qualquer tipo de críticas com hits poderosos, intercalados de forma inteligente com as músicas novas – e até algumas covers. No Rio de Janeiro, por exemplo, eles repetiram Detroit Rock City (Kiss), e Under Pressure (Queen), mas mandaram uma ‘novidade’: Tom Sawyer (Rush). E foram quase duas horas e meia de performance alucinante, vale lembrar.

Passeio pela discografia

Voltando ao fato do disco novo, Sonic Highways. Além das músicas novas que, obrigatoriamente, estão no set list de 23 músicas, o show da banda norte-americana é a certeza de que você vai escutar músicas de todos os trabalhos dos caras.

“Nós vamos tocar músicas hoje até nos chutarem para fora do estádio”, avisou Grohl, no Maracanã, para emendar na sequência do show. “Aqui vocês vão escutar músicas de todos os nossos álbuns”.

Dito e feito: os shows de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, até aqui, contaram com músicas dos oito trabalhos do FFs. Até canções do primeiro disco deram o ar da graça: em São Paulo, por exemplo, apareceu I’ll Stick Around, enquanto que no Rio, This is a Call agradou os que são mais saudosos.

Dave Grohl e Taylor Hawkins
Dave Grohl e Taylor Hawkins
Foto: Carlos Monteiro / Futura Press

Ritmo nocauteante

Não dá para dizer se os Ramones eram (ou seriam) fãs da banda, mas o fato é que os seis integrantes do FFs em palco, liderados por Dave Grohl, promovem em mais de duas horas de show uma catarse coletiva que ‘nocauteia’ o público. Se eles não tem CJ Ramone para o clássico “one, two, three, four” para emendar a próxima música, nem por isso os americanos deixam o ritmo cair.

As dez primeiras canções foram executadas na sequência, e sem respiro. E sem bis, diga-se. Prova de que os caras estão em plena forma e estão felizes com o que fazem – mesmo com o respeito e sucesso já adquiridos. Destaque ainda para o enfurecido baterista e também cantor (sempre ajuda no backing) Taylor Hawkins.

Carisma

Alguns podem achar até que é exagero, mas o fato é que Dave Grohl é, sim, um líder carismático. Ele gosta de conversar com a sua plateia. Talvez até exagere no quesito ‘narcisismo com o público’, só que eles sempre está em contato com a sua ‘audience’.

Para aqueles que se incomodam, por exemplo, com ídolos como Eric Clapton, que resumem suas apresentações a um “thank you”, Grohl vai muito além: joga água, chama todos de “mother fuckers”(e ainda arranca aplausos com isso) e pede toda hora para acenderem as luzes para que ele possa ver o quão cheio está o estádio. É um rockstar, e ponto.

Caminhando até o público

Se você não teve a verba necessária para pista premium, tão deliberada hoje em dia em qualquer show, não se preocupe: em alguns momentos, Dave Grohl irá até você. E levará consigo a sua banda. Alguns acharam um exagero a passarela montada no Morumbi e Maracanã, só que ele não deixou na mão os que o queriam ver bem de perto. Tocou violão bem de frente para a pista comum, e ainda brincou a todo momento com quem estava na arquibancada, bem longe do palco, e vendo a apresentação praticamente pelo telão.

Fator Maracanã

O último grande show de Rock que o Maracanã tinha visto foi em 2007, com o The Police. O Foo Fighters não só fez o primeiro show do reformadíssimo estádio para a Copa do Mundo, como ainda entrou no hall de apresentações históricas como de Paul McCartney, por exemplo, em termos de público.

Cerveja nacional

Algumas estrelas fazem exigências absurdas e bem que Dave Grohl e companhia poderiam ter exigido a bebida que fosse que, obviamente, seriam atendidos. Mas Grohl se contentou mesmo com uma velha e boa Bohemia, por exemplo, no show do Maracanã. Cerveja essa da região serrana do Rio de Janeiro. E ainda soltou um sonoro arroto por causa dela.

Fonte: Terra
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