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Filha de Dominguinhos canta para financiar tratamento do pai

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<p>Liv Moraes se apresenta no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, em Caruaru (PE), na noite do domingo, 23</p>
Liv Moraes se apresenta no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, em Caruaru (PE), na noite do domingo, 23
Foto: Diogenes Barbosa / PrimaPagina

Na noite deste domingo, 23, véspera de São João, o Pátio de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga, em Caruaru (PE), recebeu uma visita ilustre: a cantora Liv Moraes, filha de Dominguinhos, subiu ao palco com a difícil tarefa de representar o pai, um dos homenageados do São João da cidade. Antes da apresentação, ela conversou com a reportagem do Terra e revelou que atualmente faz shows, sobretudo, para pagar as contas do tratamento médico do pai. Liv falou das homenagens ao sanfoneiro organizadas país afora, do estado de saúde dele – que está internado há cinco meses –, e do futuro da carreira artística dela, que canta desde os 18 anos. Confira a entrevista na íntegra:

Qual o estado de saúde do seu pai?

Ele está bem melhor do que estava em Recife. Tem reagido bem com a gente da família.  Principalmente comigo e com a minha mãe. Às vezes eu ligo, ele escuta minha voz por telefone, abre os olhos e fica me procurando.

Você tem visitado ele?

Tive que vir para o Nordeste, para trabalhar, mas antes disso eu estava com ele em São Paulo, porque sempre quando ele adoecia, quem ficava com ele éramos eu e minha mãe. Mas preciso trabalhar para ajudá-lo, então tive que vir para cá [Nordeste], e falo com a família por telefone. Quando cumprir a minha agenda de shows do São João, voltarei para ficar com ele.

Como você vê as manifestações de carinho e apoio que têm sido organizadas desde o início do mês?

Eu acho muito bonito o que está sendo feito em cidades como Caruaru, Timbaúba [município da Zona da Mata de Pernambuco], em Igarassu [na Região Metropolitana do Recife]. Isso tudo é muito bem-vindo. Todas as orações e preces pela melhora dele. Ele adora ser homenageado. Meu pai fica muito feliz. Toda vez que ele recebe um tributo parece que está sendo a primeira vez. Fico muito feliz e honrada.

Como você encara a responsabilidade de ser filha de um dos maiores nomes da música nordestina?

Na realidade, eu fui percebendo isso aos poucos. Fui notando o carinho que as pessoas têm pelo meu pai. Vendo as pessoas passarem por ele e falarem, e eu perguntar: “pai, quem é?”, e ele me responder: “não sei minha filha!”. Então fui aprendendo aos poucos o jeito que ele tratava e era tratado. Fui aprendendo no palco toda essa grandiosidade dele, como músico, como pessoa... E sempre trago isso no meu show. Mas lógico que é uma responsabilidade muito grande.

Falando sobre a sua carreira: em meio aos problemas de saúde dele e a agenda de shows, você tem encontrado tempo para pensar em novos trabalhos?

Confesso que não estou com muitos shows programados. Mas, o meu trabalho tem sido muito importante, principalmente para ajudar o meu pai no hospital, para ajudá-lo a pagar as contas. Porque estão todos parados, mobilizados, e ao menos eu tenho que trabalhar. Mas assim, por enquanto, não penso em novos projetos. Penso mesmo em trabalhar para poder custear tudo que a gente está passando nesse momento. Pensar em novos projetos somente daqui a algum tempo.

Quanto seu pai influenciou o seu jeito de fazer música?

Na realidade os meu ídolos são ele e minha mãe [a cantora Guadalupe]. Ela sempre me influenciou muito, e ela é a grande incentivadora do meu trabalho. Da mesma forma que o incentivou muito a construir toda uma carreira. Mas, eu tento ser bem eu quando estou cantando. Sem imitar ninguém, nem através da voz, nem no meu jeito de ser no palco. É o que eu sempre levo do meu pai: essa espontaneidade. Não gosto de fazer nada igual. Acho que isso eu aprendi bem com ele. Essa vontade de fazer cada show diferente e único.

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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