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Alanis Morissette faz show para 60 mil em Salvador

1 fev 2009 - 08h25
(atualizado em 12/7/2018 às 11h01)
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Alanis Morissette voltou a tocar no Brasil na noite deste sábado, em Salvador. A cantora canadense foi a terceira atração do Festival de Verão 2009, que contou, ainda, com a presença da banda baiana Olodum, Capital Inicial, Victor e Léo e Psirico . Mais de 60 mil pessoas acompanharam a performance da compositora, numa seqüência de shows que começou em Manaus e já passou por Brasília, Fortaleza, Teresina e Recife.

"Alanis é o que há. É a melhor. Eu poderia morrer hoje que estaria satisfeito", comentou o estudante Marcelo Magalhães. "Alanis é massa, gosto muito dela. Tem uma voz excelente e não está nem aí para nada. Ela é o que há", acrescentou o também estudante João Manuel Souza de Lima.

Antes de entrar em cena, Alanis Morissette exigiu à produção do evento que todos os fotógrafos fossem colocados do lado de fora da área de imprensa. A organização confirmou que ela estaria com receio de que as lentes lhe deixassem mais gorda, o que para os fãs não teria a menor importância. "Ela é linda, como eu queria poder dar um beijo nela", complementou o técnico em informática João Dias.

A lista de pedidos da cantora contou ainda com uma sala de massagem terapêutica e uma garrafa de uísque escocês de 12 anos. Alanis Morissette subiu ao palco cercada de seguranças. Ela se recusou a ficar no camarim montado no backstage do evento e só chegou ao Parque de Exposições de Salvador poucos minutos antes de começar o show. Quem acompanhou a apresentação assistiu uma performance exuberante, com uma atuação que lembrou os anos memoráveis de loucura da respeitada compositora.

"Velho, isso aí é demais. Não sei como ela agüenta pular desse jeito", disse José Lins. Alanis Morissette fez de tudo. Tocou gaita e guitarra, mas o que mais chamou a atenção da platéia foi a seqüência de giros em 360 graus por cerca de um minuto. "Nunca vi nada igual. Das antigas mesmo. Ela tem tudo o que a música precisa para se manter viva", completou o administrador de empresas.

O show reuniu músicas do álbum Flavors of Entaglement, lançado no fim do primeiro semestre do ano passado, incluindo as canções Versions of Violence, Not as We, Moratorium e Tapes. "São músicas boas. Já são conhecidas, apesar de serem consideradas novas. É um bom som", disse a fisioterapeuta Tatiana Rodrigues.

O ápice da apresentação, no entanto, aconteceu quando a cantora tocou algumas de suas canções de sucesso. O primeiro grande hit a levantar a galera foi All I Really Want, que fala sobre os conflitos internos vividos pela cantora numa espécie de implicância pessoal. Alanis Morissette tocou ainda a empolgante Hand In My Pocket, com uma mão no bolso e a outra acendendo seu cigarro.

"As letras dela são as trilhas sonoras da minha vida", disse a estudante Heloisa Novaes. Quem chegou cedo, viu o show de pertinho. "Eram 8h da noite e eu já estava aqui. Só comi até agora uma banana. Não saí para nada. Se tirar o pé daqui não consigo voltar", complementou Roberta Soares Lima.

Diante de tanto sacrifício, os cambistas faturaram. "Comprei uma água por R$ 10 e se você me deixar subir nas suas costas lhe dou mais R$ 10", disse a fã Rosely Menezes. Quem não tinha dinheiro teve que se virar para matar a sede. "Querer eu quero, mas não tenho como pagar. Fico passando a língua no céu da boca para não pensar nisso", enfatizou Daniela Silva.

Alanis Morrissette praticamente não falou durante o show. Foi simpática com a platéia e fez gestos para se comunicar com o público. Jogou beijos e abriu os braços para demonstrar carinho. Nas poucas vezes que abriu o microfone para conversar, apresentou, apenas, o nome dos integrantes da banda e arriscou um tímido "obrigado". O show acabou depois de um bis de três musicas, marcado pelas sonatas de You Learn, Ironic e Thank You.

Alanis foi a primeira da banda a deixar o palco. Correu para os bastidores enquanto os músicos da cantora jogavam baquetas, palhetas e toalhas para a platéia. A turnê do álbum Flavors of Entaglement segue agora para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e Porto Alegre, quando a cantora se despede do Brasil para dar seqüência as suas loucuras na Argentina e México.

Fonte: Especial para Terra
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