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Festival Soy Latino leva cultura e gastronomia latino-americanas a São Paulo

18 out 2014 - 19h23
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Após uma semana altas temperaturas na cidade de São Paulo, o sol deu uma trégua neste sábado para a realização da segunda edição do festival cultural e gastronômico latino-americano Soy Latino, com direito a dança, música e culinária.

Muitos dos que passaram pela zona oeste da maior cidade brasileira se deixaram levar pelo ritmo e pela gastronomia latino-americanos que ocuparam toda a pracinha do Memorial da América Latina, na Barra Funda.

Desde a estação de trem e do metrô era possível ouvir a música contagiante dos ritmos latinos durante o sábado de calor. No meio do barulho dos automóveis nas ruas próximas, o grupo de mariachi Zarat tocava o clássico "Bamboleo" da banda francesa Gipsy Kings.

Depois do som mexicano, interpretado por músicos latino-americanos radicados no Brasil, foi a vez do grupo folclórico Alma Guaraní, que remeteu em sua apresentação à história da dança no Paraguai.

Para os amantes dos novos ritmos caribenhos, misturados com música eletrônica, DJ Pancho colocou todos para dançar com os sucessos do reggaetón de Porto Rico. Além disso, o evento contou com danças chilenas e bolivianas e jogos lúdicos colombianos, entre outras atividades.

As mais de 20 lojas de comidas típicas dos países da região, com gastronomia desde o extremo sul do Chile até o norte do México, completaram o encontro de culturas em solo brasileiro.

A preferida dos brasileiros foi a culinária mexicana, que contou com longas filas para degustar as famosas paletas, picolés de frutas que ajudaram a refrescar a tarde de primavera, com sabor de verão, do sábado paulistano.

No food truck do restaurante "A Peruana", as filas aumentavam para provar o ceviche, o prato escolhido para representar a culinária do país andino no evento.

"Eu comi em outros lugares, mas também queria provar o famoso ceviche", disse à Agência Efe Rosi Rosendo, socióloga brasileira, que não pôde participar do festival no ano passado, mas foi ao evento por "recomendação de amigos".

Além dos sabores peruano e mexicano, outros países da região, como a Colômbia, levaram ao festival "novidades" para os brasileiros e imigrantes, entre elas o suco gelado de lulo, uma exótica fruta tropical colombiana apresentada pelo restaurante Guananí, e o leitão de Tolima do Sabores da Minha Terra.

O educador peruano Ives Berger, diretor e fundador do portal "O Guia Latino" e organizador do festival, destacou o aumento do número de visitantes entre a primeira e segunda edição do evento.

"Hoje vejo caras novas, de novos imigrantes da comunidade latino-americana presente, mas temos muitos brasileiros também", declarou Berger a Efe.

Para o também ativista dos direitos dos latino-americanos no Brasil, "o festival continua contribuindo para a integração das comunidades e é uma grande satisfação ver a comunidade latino-americana crescer. Apesar do grande número de pessoas, o festival é bem íntimo, parece o pátio de nossa casa".

Pela primeira vez no festival, a estudante boliviana Ivana Maytá comentou que além de se reencontrar com a comida e costumes de seu país, pôde conhecer "mais amigos", enquanto a vendedora chilena Viviana Jeria ressaltou que o evento é uma "boa oportunidade de se juntar aos latinos e conhecer outras culturas".

EFE   
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