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Dizzy Reed pede "oportunidade" para o novo Guns 'N Roses

Ao lado de Axl Rose, tecladista é único da atual formação que viveu auge da banda de rock no início dos anos 90: "ou você está conosco ou não"

27 mar 2014 - 12h36
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<p>O tecladista Dizzy Reed durante show do Guns N' Roses no ano passado</p>
O tecladista Dizzy Reed durante show do Guns N' Roses no ano passado
Foto: Getty Images

Em 20 de janeiro de 1991 a segunda edição do Rock in Rio encerrava o terceiro dia de shows com uma apresentação do Guns ‘N Roses em seu auge. A banda interrompeu as gravações dos álbuns Use Your Illusion I e II somente para esse grandioso evento. A responsabilidade de ser headliner do festival pesou para os integrantes, principalmente para Matt Sorum (bateria) e Dizzy Reed (teclados), que faziam sua estreia nos palcos. O tecladista, que ao lado do vocalista Axl Rose é o único remanescente da formação “clássica” ainda no grupo, conversou por telefone com o Terra sobre o momento da banda e nova turnê no Brasil.

A atual excursão já passou por Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (28), é a vez de São Paulo. “Meu primeiro show com o Guns ‘N Roses foi no Brasil. Desde aquele dia tudo mudou. Se não forem os melhores, certamente os brasileiros são alguns dos melhores fãs do mundo. É ótimo tocar aí”, afirmou.

Depois de São Paulo, a turnê parte para Curitiba (30), Florianópolis (1º/4) e Porto Alegre (3/4). Bem humorado, o cinquentão Dizzy Reed não esconde que é diferente do tecladista festeiro dos anos 90. “Em espírito eu não mudei nada. Eu amo fazer isso. Mas de um ponto de vista fisiológico e cronológico, nós não podemos viver daquele jeito para sempre se quisermos continuar vivos”, disse.

O novo Guns ‘N Roses – termo que ele admite evitar – está muito aquém do auge vivido por Axl e Dizzy somados ao guitarrista Slash, o baixista Duff McKagan e outros. A separação entre os fãs fiéis e os que renegam a persistência de Axl e sua esgotada voz não é novidade para o tecladista.

Axl Rose em apresentação do Guns 'N Roses em 2012
Axl Rose em apresentação do Guns 'N Roses em 2012
Foto: Getty Images

“Esse tipo de separação de fãs não é exclusivo do Brasil. É no mundo todo (risos). Para os fãs que não gostam da nova banda e só curtem a formação original eu digo: Você pode viver no passado e tudo bem. Agora, se você quiser dar uma oportunidade e ouvir um bom rock n’ roll confira a nova banda. Eu não gosto nem de chamar nova ou velha banda. É o Guns ‘N Roses. É o que somos. Ou você está conosco ou não”, seguiu.

Embora Dizzy Reed seja confiante na banda que gravou o demorado Chinese Democracy (2008) e exalte o profissionalismo dos músicos, ele deixa escapar que a rotina do Guns ‘N Roses não é de uma banda usual na questão de sua convivência e produção musical.

“Estamos muito bem. Bom, não tocamos juntos há algum tempo agora. Faz uns seis meses eu acho. Provavelmente fizemos mais shows juntos do que a formação original da banda. Alguns deles têm outros projetos para durar nesse negócio. Não estamos ficando mais jovens, sabe? É necessário um nível de profissionalismo, especialmente para fazer as turnês”, explicou.

Confira a entrevista:

Terra – Qual é a sua relação com o Brasil?

Dizzy Reed - Meu primeiro show com o Guns ‘N Roses foi no Brasil. Desde aquele dia tudo mudou. Se não forem os melhores, certamente os brasileiros são alguns dos melhores fãs do mundo. É ótimo tocar aí. As pessoas amam rock e Guns. Para nós é algo muito legal.

Terra – Sente uma diferença entre tocar na Europa, Estados Unidos e América do Sul?

Dizzy Reed - Os fãs na Europa têm sido incríveis e nos Estados Unidos também tivemos uma boa recepção ao longo dos anos. Mas na América do Sul e especialmente no Brasil, acho que um elo muito legal entre banda e público. Considero o Brasil como uma segunda casa. É um sentimento muito legal.

Terra – Como é a química entre a banda?

Dizzy Reed - Estamos muito bem. Eu acho ótimo. Bom, não tocamos juntos há algum tempo agora. Faz uns seis meses eu acho. Provavelmente fizemos mais shows juntos do que a formação original da banda. Tem sido uma experiência incrível. Nós nos damos muito bem e eu gosto de estar na estrada com esses caras. São todos muito profissionais. Alguns deles têm outros projetos para durar nesse negócio. Não estamos ficando mais jovens, sabe? É necessário um nível de profissionalismo, especialmente para fazer as turnês. Mas a ideia básica é: tocamos rock n’ roll e fazemos isso porque gostamos.

Terra – Vocês têm falado sobre novas músicas? Um novo disco?

Dizzy Reed - Temos “jogado” algumas ideias entre nós. Gravamos alguma coisa e vamos enviando um para o outro. Já temos tantas coisas gravadas que estão perto de serem finalizadas. Vamos ver. Provavelmente em breve teremos algo.

Terra – Qual é a diferença entre o Dizzy Reed de 1991 e o de hoje?

Dizzy Reed - Em espírito eu não mudei nada. Eu amo fazer isso. Mas de um ponto de vista fisiológico e cronológico, nós não podemos viver daquele jeito para sempre se queremos continuar vivos. Eu certamente tive minha cota de festas naquela época e agora tomo um drink ou outro. Eu estou aproveitando a vida. Antigamente eu achava que estava curtindo, mas não estava. Agora tenho filhos, todos crescidos. Ser um pai é uma grande experiência e isso te muda muito. Por dentro sou a mesma pessoa. Gosto de tocar música com meus amigos. Viajar o mundo todo tem sido legal. Espero passar mais tempo assim.

Ao lado de Axl Rose e Slash, Dizzy fez sua estreia na banda em 1991 no Rock in Rio
Ao lado de Axl Rose e Slash, Dizzy fez sua estreia na banda em 1991 no Rock in Rio
Foto: Getty Images

Terra – Aqui há dois tipos de fãs: o que amam Guns ‘N Roses de qualquer jeito e aqueles que gostam da formação clássica. Você esteve nos dois períodos. Sente essa separação?

Dizzy Reed - Bem, em primeiro lugar, esse tipo de separação de fãs não é exclusivo do Brasil. É no mundo todo (risos). Para os fãs que não gostam da nova banda e só curtem a formação original eu digo: Você pode viver no passado e tudo bem. Se não quiser apoiar a nova banda, tudo bem. Não faça isso. Ninguém pode te forçar a gostar de algo que não quer. Agora, se você quiser dar uma oportunidade e ouvir um bom rock n’ roll confira a nova banda. Eu não gosto nem de chamar nova ou velha banda. É o Guns ‘N Roses. É o que somos. Ou você está conosco ou não.

Terra – Tem ouvido músicas novas?

Dizzy Reed - Eu gosto de ir atrás de bandas novas. Desde os meus vinte e até nos trinta anos sempre queria descobrir qual seria a próxima grande banda. Isso não tem acontecido recentemente. Não porque não há boas bandas. Elas estão lá. Mas agora acho que me envolvi muito com os negócios da música. Mesmo que eu ouça algo novo e realmente goste, provavelmente vou ouvir uma ou duas vezes. Meu filho tem vinte anos e eu pergunto sempre o que ele tem ouvido. Ele curte as coisas mais pesadas. Eu peço pra ele colocar no meu iPod. Mesmo sendo um tecladista, eu gosto dos riffs pesados de guitarra. No verão passado eu fui em um festival e passei o dia só vendo bandas novas e foi muito legal. Por outro lado, no final havia shows do Alice in Chains e Jane’s Addiction. Bandas que amo. O que quero dizer que é sempre volto para os clássicos. É bom ir para o passado e ouvir o que eu curtia quando estava crescendo. Ir além também, ouvir música dos anos 50 e 60. Como músico é importante você continuar explorado e ter sempre a mente aberta, mas sem esquecer de buscar a referência daquilo. O que os Rolling Stones ouviam? O que o Chuck Berry ouvia? Hoje em dia é mais fácil do que nunca.

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Fonte: Terra
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