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CPM 22 minimiza falta de destaque: "é uma banda realizada"

Após show no festival em Ribeirão Preto, Badauí e Japinha afirmaram que a falta de visibilidade na mídia não interfere na satisfação do grupo com o próprio trabalho

2 jun 2014 - 08h59
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Badauí e Japinha dão entrevista após show no João Rock 2014
Badauí e Japinha dão entrevista após show no João Rock 2014
Foto: Nayla Carvalho / Terra

A banda CPM 22 se apresentou neste sábado (31), na 13ª edição do João Rock, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Após o show, o 6º do grupo no festival, o vocalista Badauí e o baterista Japinha concederam entrevista coletiva à imprensa e atribuíram a longa trajetória do trabalho à personalidade das músicas e à renovação do público.

"O que é feito com verdade, sentimento, independentemente de vender mais, ou menos, garante longevidade", afirmou Badauí, que comanda os vocais do CPM 22 desde o nascimento da banda, em 1995. O cantor citou nomes como Os Paralamas do Sucesso e Pitty para defender que a qualidade também é um fator importante para manter trabalhos musicais por vários anos.

Badauí lembrou que o grupo ganhou grande destaque entre outros conjuntos de hardcore no Brasil e disse que o fato de o CPM 22 fazer músicas em português ampliou ainda mais essa projeção. Apesar da fama, o vocalista fez questão de destacar que o trabalho para estabelecer o estilo musical no País foi coletivo. "A gente é só a ponta do iceberg", afirmou.

Quanto ao atual público da banda, Badauí disse que há uma mistura entre antigos e novos admiradores. "Tem uma renovação acontecendo, mas a gente não perdeu o público de antes", explicou. Baterista do CPM 22 desde 1999, Japinha contou que os fãs mais velhos vão com seus filhos aos shows hoje em dia e afirmou que essa herança musical mantém o rock vivo.

Apesar de seguir em alta com os fãs, o grupo perdeu visibilidade na mídia nos últimos anos. O vocalista admitiu o afastamento e destacou alguns motivos para a queda, como a falta de espaço para tocar ao vivo na televisão e o tom contestador do rock. "Artistas que se se vendem acabam se sobressaindo. Tem gente que escolhe o caminho mais fácil", afirmou.  Questionado sobre estilos que estão no auge da popularidade, como o samba e o sertanejo, Badauí disse que o importante é valorizar "artistas de verdade", seja qual for o gênero musical.

Minimizando a questão de visibilidade nos meios de comunicação, Japinha reforçou que os integrantes estão muito felizes com o que foi conquistado até aqui. "A gente está satisfeito, apesar de não estar na mídia", afirmou. O vocalista do grupo concordou com o parceiro e garantiu que hoje o CPM 22 é "uma banda realizada".

O álbum mais recente do CPM 22 foi lançado em 2013. O Acústico traz músicas inéditas e resgata canções de grande sucesso na carreira da banda, como Não Sei Viver Sem Ter Você, Tarde de Outubro, Desconfio, O Mundo Dá Voltas, O Chão Que Ela Pisa e Vida Ou Morte, todas presentes no repertório escolhido para o show no João Rock.

Fonte: Terra
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