"Chorão foi o maior roqueiro de sua geração", exalta Nasi
"Chorão foi o maior roqueiro de sua geração". Foi assim que Nasi avaliou a importância de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, para o rock nacional, em entrevista exclusiva ao Terra. O líder, cantor e principal compositor do Charlie Brown Jr. foi encontrado morto em sua casa, na manhã desta quarta-feira (6).
"Sem dúvida, faltam na música brasileira personalidades como ele. Chorão era um roqueiro em todos os sentidos. Era um cara polêmico, talentoso, impulsivo e genuúno. Vai fazer falta", disse, com voz claramente alterada pelo teor da conversa, Nasi, que soube da morte logo pela manhã, quando recebeu uma mensagem pelo celular com a informação e passou a acompanhar a repercussão do caso pela televisão.
"O Chorão conseguiu trazer o universo do skate para a música como ninguém antes havia feito no Brasil. Musicalmente, ele foi original ao misturar rap com rock no Charlie Brown, uma banda muito boa."
Nasi nunca se envolveu em nenhum projeto com o cantor, mas teve a oportunidade de conversar com ele em diversas ocasiões, em bastidores de shows, programas e eventos. Seu último contato com Chorão ocorreu há cerca de dois anos, quando o encontrou em uma festa da rádio Kiss FM e acabou convidando-o para dividir o palco com ele.
"Ele apareceu e cantou comigo. Ele era bem expansivo, uma pessoa sempre para cima. A perda é lamentável para a família, amigos e todos os fãs de rock. Um momento triste para todos que conheciam seu trabalho."
Vocalista e principal letrista da banda Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, o Chorão, foi encontrado morto em sua casa, no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (6). Foi o motorista do cantor quem o encontrou desacordado e telefonou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A Polícia Militar recebeu um chamado para averiguação de morte natural na residência do músico às 5h18. O corpo foi encontrado no local e será examinado pela perícia. Inicialmente, o caso seria investigado pelo 14° DP, mas será transferido ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). As causas da morte ainda são desconhecidas e o laudo sairá em 30 dias.
