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Casa e bar preferido de Amy viram rota de "peregrinação" de fãs

23 jul 2012 - 08h56
(atualizado às 09h03)
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Marina Novaes
Direto de Londres

Longe do circuito turístico de Londres, a região de Camden Town virou ponto obrigatório de parada dos fãs da cantora inglesa Amy Winehouse, mesmo um anos após sua morte. Em um fenômeno semelhante ao que acontece em Abbey Road, rua londrina que até hoje recebe gente tentando reproduzir a foto histórica dos Beatles, o bar The Hawley Arms, em Castlehaven Road, e a casa onde ela morou, em Camdem Square, viraram rota de "peregrinação" dos adoradores da artista, que buscam homenageá-la de alguma forma.

O bar The Hawley Arms se tornou parada obrigatória para os fãs de Amy Winehouse
O bar The Hawley Arms se tornou parada obrigatória para os fãs de Amy Winehouse
Foto: Bruno Santos / Terra

Do lado de fora do pub, dois seguranças avisam sem cerimônia a quem se aproxima: é proibido fazer fotos profissionais dentro do pub ou usar flash (mesmo com câmera de bolso). De acordo com um dos seguranças, a regra começou quando Amy ainda estava viva e passou a ser seguida por vários papparazzis, que se enfileiravam na porta do local à espera do próximo porre ou tombo da cantora - sua carreira foi marcada por polêmicas.

"Ela estava sempre bêbada, sempre. Mas não tinha quem não gostasse dela aqui", contou o segurança, que não quis ter seu nome publicado.

Sem câmera, todos são bem-vindos e, de fato, o bar tem a "cara" da diva (ou ao menos corresponde ao imaginário dos fãs): é descontraído, tem cerveja a preço justo, barulho de conversa alta, é escurinho e tem música boa saindo das caixas de som a noite toda - além dos shows ao vivo de outros músicos, que aos fins de semana sobem ao palco onde Amy já se apresentou várias vezes.

Em uma prateleira atrás do bar, foi montado um pequeno altar, de onde uma boneca-Amy "assiste" aos garçons servindo pints de cerveja sem parar. No topo de outra parede, há uma foto autografada por ela, com um recado descontraído, em que recomenda aos clientes que conheçam a mesa de sinuca no andar de cima - onde também há um palco e uma sacada.

Um bartender do Hawley contou que o bar sempre foi movimentado, mesmo antes de Amy ficar famosa e, consequentemente, jogá-lo à fama também - na ocasião em que a reportagem o visitou, estava lotado (e era um dia "fraco"). Mas após a morte dela, o pub passou a receber fãs sem parar. "Eu respondo umas três vezes por dia perguntas sobre ela. Vem fãs o tempo inteiro", contou o rapaz, que também preferiu ficar no anonimato.

A adoração dos fãs é facilmente notada em uma ida ao toalete: as portas dos banheiros, o teto e as paredes do corredor estão totalmente tomados por recados destinados à Amy, como "descanse em paz" ou "você faz falta", além de corações e desenhos - e o bar faz questão de deixá-los por lá.

Camden Square
A casa onde Amy morava e foi encontrada morta fica a 15 minutos de caminhada do pub, em Camden Square, e também virou ponto frequentado por fãs e curiosos. Os moradores do bairro já estão até acostumados a dar indicações do caminho - é mais fácil perguntar pela casa dela que pela praça -, já que o local fica em uma área residêncial e bem mais pacata que o centro do bairro.

A família de Amy colocou o imóvel à venda e retirou da frente do portão as flores que eram depositadas com frequência, mas no jardim logo em frente do local três árvores foram decoradas com fotos, flores, fitinhas, cadeados, e dezenas de recados escritos - e a maioria das cartas tinha data atual, o que deixa claro a rotatividade em torno do local.

A mineira Ana Cunha, 27 anos, era fã da cantora e aproveitou as férias em Londres para conhecer tanto a casa quando o pub. "Ela era muito talentosa", disse a brasileira, que não está sozinha na opinião: nos dois locais, vários outros brasileiros também prestaram sua homenagem à Amy, que completaria 29 anos em setembro, se ainda estivesse viva.

Fonte: Terra
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