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Bruce Springsteen conquista Rock in Rio com clássicos e carisma único

22 set 2013 - 02h52
(atualizado às 14h35)
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<p>Músico no primeiro de vários momentos em que se aproximou dos fãs, na madrugada deste domingo</p>
Músico no primeiro de vários momentos em que se aproximou dos fãs, na madrugada deste domingo
Foto: Mauro Pimentel / Terra

"Olê, olê, olê, Bruce! Bruce". O resultado não poderia ter sido outro. Mesmo aqueles que pouco conheciam Bruce Springsteen se deixaram conquistar pelo carisma único do músico norte-americano no show de encerramento da penúltima noite do Rock in Rio V, na madrugada deste domingo (22), na capital fluminense. E não foi por uma questão de sentir da pista a alegria do artista em fazer seu show no Palco Mundo ou pela força do repertório apresentado. Na verdade, foi uma união desses dois pontos em escala máxima - e muito mais.

Bruce Springsteen conquista Rock in Rio com clássicos em show histórico:

É comum, por exemplo, ver artistas internacionais decorando palavras soltas na língua dos países por onde passam com suas turnês para demonstrar apreço pelos fãs locais. Isso ficou bem nítido ao longo de todo o Rock in Rio, com muitos "obrigados" e "te amo" bradados com sotaques arrastados.

Springsteen, por sua vez, optou não por aprender um ou outro termo na língua do Rock in Rio: nas mais de duas horas e meia de apresentação, o músico fez uso de frases complexas em português para se comunicar com os fãs, algo no mínimo admirável devido ao esforço. "Rio! Eu viajei milhares de quilômetros apenas para estar aqui hoje e fazer uma única pergunta: vocês estão sentindo este astral?", perguntou de forma clara na língua antes de Spirit in the Night, canção de seu primeiro disco, Greetings from Asbury Park, NJ, datado do distante ano de 1973.

Mas Springsteen foi além. Com demonstração de respeito única aos fãs, o músico iniciou o show, assim como já havia feito em São Paulo durante a semana, com Sociedade Alternativa, aquela mesma, que qualquer brasileiro conhece, de Raul Seixas. Mais pontos para ele: além da decoreba de frases, ainda se deu ao trabalho de aprender uma canção inteira, toda em português surpreendentemente claro, e ensaiá-la com sua competente e animada The E Street Band para executar com perfeição nas únicas duas datas no Brasil. 

A consideração não foi diferente na escolha do repertório. Depois do eterno hit de Raul Seixas, clássicos e mais clássicos - Hungry Heart, Badlands, Shackled and Drawn, Born to Run. E aí, o músico, em sua primeira verdadeira passagem pelo Brasil - só veio ao País em 1988 como parte da turnê da ONG Anistia Internacional, quando apresentou uma ou outra canção -, anunciou mais um presente: "Rio, esta noite tenho algo especial para vocês! Vamos tocar o álbum Born in the USA inteiro!", disse, recebendo como resposta ovação geral do público, parte dele há décadas sedento para ouvir que fosse uma faixa do maior clássico do cantor. Quem diria todas.

Born in the U.S.A., Cover Me, Darlington County, Working on the Highway,...Springsteen apresentou faixa a faixa o disco com a empolgação de um jovem em início de carreira. Elétrico, foi a todo momento à grade abraçar fãs, dar a eles o microfone para acompanhá-lo, deixá-los tocar em sua guitarra. Em dado momento - em Dancing in the Dark -, escolheu pessoas para subirem ao palco e, correndo na frente, as chamou para segui-lo pelo espaço, como se fosse um adolescente, empolgado, feliz. Ensaiou passos, tirou fotos, emprestou o microfone e até um violão para os novos amigos. Depois da faixa, ainda levantou uma das admiradoras, a encaixou sobre seus braços e a levou do palco à grade. Em que outro show isso já aconteceu?

Assim como na interação com os fãs e na escolha do repertório, Springsteen também se mostrou um gigante no palco. A voz segue impecável, poderosa como em décadas atrás. A habilidade na guitarra e a disposição física, idem. Ao lado da The E. Street Band, grupo que o tem acompanhado em discos e turnês por quase toda a carreira, executou as canções com qualidade de estúdio, à perfeição. E ainda interagiu com os músicos, brincou, fez piadas. Único. Memorável. Sério candidato a melhor show da quinta edição brasileira do Rock in Rio.

Setlist

Sociedade Alternativa 

Badlands 

Death to My Hometown 

Spirit in the Night 

Hungry Heart 

Born in the U.S.A. album

Born in the U.S.A. 

Cover Me 

Darlington County 

Working on the Highway 

Downbound Train 

I'm on Fire 

No Surrender 

Bobby Jean 

I'm Goin' Down 

Glory Days 

Dancing in the Dark 

My Hometown 

Shackled and Drawn 

Waitin' on a Sunny Day 

The Rising 

Land of Hope and Dreams 

Thunder Road 

Born to Run 

Tenth Avenue Freeze-Out 

Twist and Shout 

This Hard Land 

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Fonte: Terra
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