ABBA terá museu interativo na Suécia a partir de maio
Depois de anos e anos de pedidos de visitantes negados pelo escritório de turismo, a Suécia finalmente terá, a partir de maio de 2013, um museu totalmente dedicado a memória do ABBA, um dos principais grupos pop do mundo e um das marcas mais conhecidas do país escandinavo. Localizado na ilha de Djurgården, região nobre da capital Estocolmo, o espaço de quatro andares contará a história do grupo através de relatos dos seus quatro membros, roupas e objetos pessoais, além de diversas ações interativas.
“Claro que do ponto de vista dos suecos, ele já deveria estar por aqui há muitos anos, porque o ABBA é uma das marcas suecas mais conhecidas do mundo”, disse Mattias Hansson, diretor do museu, ao jornal britânico The Guardian. “Nós soubemos que o escritório de turismo de Estocolmo todos os anos recebe milhares de perguntas dos turistas sobre onde eles podem ver algo sobre o ABBA e eles eram forçados a responder ‘lugar nenhum’.”
O principal investidor do projeto é o ex-membro Björn Ulvaeus, que comprou a maioria das participações dos antigos investidores Universal Music, Live Nation e Park & Resorts Scandinavia. Agora, o músico e, na época, líder do ABBA, está totalmente comprometido com a criação do museu.
Um das principais chamarizes do local será a experiência interativa do visitante. Cada ingresso terá um número de identidade, que gerará uma página no site oficial do museu, quando o pagante entrar no espaço. Tudo o que ele fará no espaço será gravado – desde cantar no palco holográfico até entrar na cabine onde as roupas clássicas do quarteto serão projetadas no visitante. Depois, eles poderão compartilhar suas fotos e vídeos nas redes sociais. Com tanta tecnologia, o ingresso custará 195 coroas suecas (aproximadamente R$ 61); valor considerado alto mesmo no país. “Com tanta experiência que iremos dar, é um preço justo”, explicou Hansson.
Outro item que deve chamar a atenção dos visitantes são os relatos em vídeo de Agnetha "Anna" Fältskog, Björn Ulvaeus, Benny Andersson e Anni-Frid "Frida" Lyngstad sobre os dez anos do grupo. Por dificilmente conversarem entre si hoje em dia, as entrevistas trarão à tona o lado melancólico da banda, a letras mais nebulosas e os dois divórcios que levaram o fim do ABBA em 1983.
O museu do ABBA é uma segunda tentativa na Suécia de apresentar o legado do grupo. Em 2006, o quarteto concordou em construir o espaço, mas o plano foi interrompido após o banco Kaupthing, principal financiador, quebrar na crise de 2008. Agora, todos eles estão mais envolvidos no projeto.