PUBLICIDADE

A favor do casamento gay, Sandy quer mostrar maturidade no Rio

24 nov 2010 - 07h51
Compartilhar

Sandy ainda cantava em dupla com o irmão, Júnior, quando começou a ter que se explicar em entrevistas: que não era tão santinha assim, que não falar sobre sexo não queria dizer que não fazia, etc. Mas, discreta e sempre focada na carreira, ela hoje é uma mulher com suas opiniões e não se priva de defendê-las. Basta que perguntem.

Ouça Sandy grátis no Sonora

"Sou a favor do casamento gay, sim. Todo mundo tem direito de amar, de se envolver emocionalmente, socialmente. É um direito e não importa o sexo", diz a cantora às vésperas de se apresentar no Vivo Rio (o show é dia 28, domingo).

Ela leva na brincadeira as eternas comparações com Wanessa, a herdeira de Zezé Di Camargo que abraçou a causa dos homossexuais. "Já vi entrevistas dela. Nos damos bem. O que temos em comum? Somos de famílias de músicos. Ah! Agora eu também sou uma cantora solo. Temos a mesma idade, mas ela é mais velha um mês! Faz aniversário em dezembro e eu, em janeiro", gargalha Sandy.

Sem a companhia do irmão e parceiro, a cantora acaba de estrear sua primeira turnê solo em Curitiba - na última sexta-feira -, com repertório baseado no álbum Manuscrito. "É muita responsabilidade, agora sou só eu!", admite ela, que não se desvencilhou totalmente da dupla que a consagrou. "Vou colocar uma coisa ou outra de Sandy & Júnior no show. Senão, os fãs ficam tristes. É bom recordar o passado. Só que dei uma repaginada nas músicas", avisa.

Uma participação de Júnior está descartada. "Não vou chamá-lo. Está cedo para misturar. A gente acabou de terminar a dupla. O público precisa entender meu trabalho solo. Júnior continua me ajudando, vai assistir ao show, colaborou no disco...", explica Sandy, que cantará sucessos de Marisa Monte, Oasis e Lenine.

Ela costuma chegar quatro horas antes do espetáculo e não precisa de muito para ser feliz no camarim. "Imagina! Não faço altas exigências, várias toalhas brancas. Não pode é faltar luz, suco de frutas, pão, um macarrão, um espelho e banheiro", lista ela, que recebe fãs antes de subir ao palco. "São umas 40, 50 pessoas. Gente do meu fã-clube e pessoal dos contratantes".

Há também toda uma preparação para entrar em cena. "Faço a maquiagem, penso no roteiro, no que vou dizer ao público, depois aqueço a voz e junto a galera da banda para uma oração", entrega ela, que prefere desaparecer quando o show termina. "Gosto de ir embora diretão. A não ser quando a família, os amigos e outros artistas aparecem. Aí faço atendimento duplo", completa ela, doida para reencontrar o público carioca. "No Rio, são todos muito calorosos, bem-humorados. Meu pai (Xororó) sempre diz que é o povo que canta mais afinado. Eu concordo plenamente", elogia ela, que já tem casa lotada para a apresentação no Rio.

Sou muito espontânea

É com Pés Cansados, primeiro single do álbum Manuscrito, lançado em maio, que Sandy abre seu show. Das 13 músicas do disco, ela interpreta 12 no palco. Para a felicidade dos fãs, também canta algumas músicas da dupla Sandy & Júnior, desfeita há três anos. São elas: Quando Você Passa (TuruTuru) e Estranho Jeito de Amar. "Sento no banquinho, toco piano, surdo. Também dou uma dançadinha. Sou muito solta, espontânea. Quero passar isso", explica ela, que também se apropriou de músicas de Marisa Monte (Beija Eu), Oasis (Wonderwall), Lenine (Hoje Eu Quero Sair Só) e Lulu Santos (Casa). "Todas estão com a levada do meu disco", diz Sandy, que é acompanhada por André Caccia Bava e Maurício Caruso (guitarras e violões), Eloá Gonçalves (teclados), Alex Heinrich (baixo) e Adelino Costa (bateria).

Sandy evita comparações com Wanessa Camargo
Sandy evita comparações com Wanessa Camargo
Foto: Orlando Oliveira / AgNews
Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade